Um ano de recordes, reviravoltas e conquistas inéditas para o esporte brasileiro. Além dos Jogos Olímpicos de Paris, que consagrou atletas como Rebeca Gusmão; no futebol tivemos o renascimento e a redenção do Botafogo, conquistando a América do Sul e o Brasil. Nas pistas o País também se destacou e, com o piloto Gabriel Bortoleto, assegurou uma vaga na temporada de 2025 da Fórmula 1, sete anos depois.
Olimpíadas de Paris
A campanha do chamado “Time Brasil” nos Jogos Olímpicos ocorridos na capital francesa em 2024 não foi a melhor campanha com relação a quantidade de medalhas, mas alguns feitos históricos e inéditos fizeram esta edição se tornar marcante para o Brasil.
Ao todo, foram 20 medalhas, sendo três ouros, sete pratas e dez bronzes. O primeiro feito relevante é que todos esses ouros brasileiros foram conquistados por mulheres: Bia Souza no judô, a dupla Duda e Ana Patrícia no vôlei de praia, além de Rebeca Andrade, vencedora do solo na ginástica artística, desbancando o fenômeno Simone Biles.
Falando em Rebeca Andrade, a ginasta de 25 anos se tornou, em Paris, a maior medalhista olímpica da história do Brasil, superando os velejadores Torben Grael e Robert Scheidt. A recordista, agora, possui seis medalhas olímpicas (quatro conquistadas em Paris e duas em Tóquio).
Outra medalhista que vai se lembrar com carinho desta edição olímpica é a skatista Rayssa Leal. Com apenas 16 anos ela aumentou sua coleção de medalhas ao levar o bronze no skate street feminino.
E os brasilienses têm um motivo ainda mais especial para comemorar. Caio Bonfim, atleta de marcha atlética que cresceu e treinou em Sobradinho, conseguiu levar a modalidade ao pódio olímpico pela primeira vez na história. Caio levou o bronze e, graças ao feito, foi eleito o melhor atleta masculino no Prêmio Brasil Olímpico. Entre as mulheres, é claro, a vencedora foi Rebeca.
Futebol
Impossível não mencionar o Botafogo em qualquer tipo de retrospectiva esportiva de 2024. O motivo de piada de 2023 se tornou multicampeão no ano seguinte. Pela primeira vez em sua história o alvinegro conquistou o título da Copa Libertadores da América. Como se não bastasse, o time carioca ainda saiu da fila de espera do Campeonato Brasileiro e levantou a taça do torneio nacional pela terceira vez, 29 anos após o bicampeonato.
Outro brasileiro campeão de um torneio importante este ano foi o Flamengo, que parece ter conseguido arrumar a casa após a saída de Tite e achegada do ex-jogador Filipe Luís. O rubro-negro conquistou a Copa do Brasil em cima do Atlético Mineiro, que também foi o vice na Libertadores.
Entre as decepções tivemos o Fluminense, que um ano após conquistar o topo mais alto da América acabou brigando contra o rebaixamento até a última rodada do campeonato e o Cruzeiro, que perdeu a final da Copa Sul-americana para o Racing e nem se classificou para a Libertadores de 2025, mesmo após uma excelente campanha no primeiro turno do Brasileirão.
Já que o assunto é decepção vamos falar de seleção brasileira, que teve um ano absolutamente conturbado e com muito mais pontos negativos do que positivos.
Foram dois os técnicos que estiveram à beira do campo pela seleção brasileira em 2024. Logo no início do ano Fernando Diniz não aguentou a pressão e saiu para dar lugar ao Dorival Júnior. No entanto, a troca não surtiu efeito, já que o Brasil começou o ano na sexta colocação das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026, e entrará em 2025 apenas na quinta posição.
Gabriel Bortoleto
Nas pistas de corrida o Brasil tem muito a agradecer pelo ano de 2024. Isso porque após sete anos o País pôde comemorar o retorno de um piloto brasileiro à Fórmula 1. Gabriel Bortoleto vai representar toda uma nação de apaixonados por automobilismo em 2025. O piloto, que é patrocinado pelo BRB, foi o grande campeão da temporada na Fórmula 2.
Na categoria mais avançada do esporte a motor Gabriel irá representar o Brasil na escuderia Sauber. O último representante do Brasil na Fórmula 1 foi Felipe Massa, vice-campeão em 2008. Já os brasileiros que se consagraram campeões são Emerson Fittipaldi (1972 e 1974), Nelson Piquet (1981, 1983 e 1987) e Ayrton Senna (1988, 1990 e 1991).
Será que nosso Bortoleto entrará para esta seleta lista? Basta aguardar o que as corridas nos reservam no ano de 2025.