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Reposição hormonal masculina é indicada? Médica explica polêmica

Entre as grandes polêmicas envolvendo os mecanismos relacionados à perda de peso, ao combate ao envelhecimento e ao aumento da libido e da massa muscular está a reposição hormonal. Para explicar melhor o assunto, o GPS|Brasília conversou com a endocrinologista Érika Fernandes, que logo de cara deixou claro que a reposição hormonal para fins estéticos é totalmente contraindicada. 

“Todas as sociedades médicas brasileiras e internacionais contraindicam a reposição para finalidades estéticas. Os hormônios são considerados medicações, e toda medicação tem seu risco e seu benefício. Então, esse tipo de tratamento só é feito em quem tem deficiência e não tem risco elevado de complicações”, ressalta a médica. 

A reposição hormonal nada mais é do que o emprego de hormônios exógenos com o objetivo de tratar uma deficiência. Esse processo pode ser conduzido por meio de diferentes vias, como intramuscular, oral e até intravaginal, e, nas mulheres, pode ser mais indicado na menopausa.

“As duas principais indicações para as pacientes que estão na menopausa envolvem os sintomas vasomotores, como os fogachos intensos, e o ressecamento vaginal. Mas preciso ressaltar que cada caso deve ser observado individualmente. Mulheres com históricos de câncer de mama, de útero e de ovário não podem fazer a reposição”, esclarece a endocrinologista.

Mas e para os homens, a reposição hormonal é indicada? Segundo a médica, os pacientes só têm a indicação para o tratamento de reposição de testosterona caso apresentem um hipoandrogenismo, ou seja, deficiência de hormônios esteróides produzidos a partir do colesterol, nas glândulas adrenais e nos testículos.

“Precisamos avaliar o nível de testosterona e a causa. Se o número estiver abaixo do indicado, pode ser por alguma alteração testicular ou do sistema nervoso central, por exemplo. Se o paciente já fez o uso de testosterona sem apresentar necessidade em nível de saúde, quando suspende o hormônio, pode aparecer o hipoandrogenismo”, explica Érika.

Nos casos dos homens, também há diferentes vias de reposição, como em gel e intramuscular. Para determinar qual será a escolhida, é necessária a avaliação médica.

“Quando o acompanhamento é bem feito pelo médico especializado, os riscos, tanto em homens quanto em mulheres, não é elevado em relação às pessoas que não fazem a reposição hormonal”, ressalta a profissional.

Fernanda Moura

Jornalista,com experiência em sociedade e gastronomia. Já atuou como reporter e hoje é coordenadora da editoria de lifestyle.

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