Um dos maiores nomes do cinema brasileiro, Vladimir Carvalho se destacou no cenário artístico com a produção de documentários e filmes que retratam a história e a luta do povo brasileiro. No dia 24 de outubro de 2024, morreu aos 89 anos em decorrência de problemas renais, mas ficou para sempre marcado na história do País.
Para honrar seu legado, a grande sala de projeção do Cine Brasília foi batizada de Sala de Cinema Vladimir Carvalho. Além disso, o cineasta recebeu uma homenagem especial durante o 57º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB), que ocorre na capital federal até o dia 7 de dezembro. No evento de inauguração do evento, foi concedido ao artista o tradicional prêmio da Associação Brasiliense de Cinema e Vídeo (ABCV).
“Estamos muito honrados em tornar realidade não só a 57ª edição do festival mais longevo do País, mas também de fazer desta edição um marco para o audiovisual do DF, que, recentemente, perdeu um grande nome, um grande entusiasta, mas que ganha com o seu legado, aqui eternizado”, afirma o secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Claudio Abrantes.
Considerado um dos maiores e mais premiados documentaristas brasileiros, Vladimir Carvalho nasceu em Itabaiana, na Paraíba, mas foi no Distrito Federal que fez grande parte de sua carreira. Foi um dos fundadores do curso de cinema da Universidade de Brasília, onde foi professor por mais de 20 anos, criou a Associação Brasileira de Documentaristas e, em 1994, a Fundação Cinememória, que abriga a maior parte de seu acervo.
Ao longo de sua carreira, produziu mais de 20 filmes sobre a política e a história brasileira, como Vestibular 70 (1970), O País de São Saruê (1971), O Itinerário de Niemeyer (1973), A Pedra da Riqueza (1976), Brasília Segundo Feldman (1979), O Homem de Areia (1982), O Evangelho Segundo Teotônio (1984), Conterrâneos Velhos de Guerra (1991), Barra 68 (2000), O Engenho de Zé Lins (2006), Rock Brasília – Era de Ouro (2011) e Cícero Dias, o Compadre de Picasso (2016).