Redação GPS Certamente você já se pegou em algum momento em que estava com a coluna e os ombros curvados, o pescoço para a frente ou os músculos rígidos. Isso acontece porque o corpo se acostuma a rotinas e hábitos a que é exposto com regularidade, sejam eles saudáveis ou não. Segundo a especialista em reeducação postural Paty Farago, o corpo é inteligente e eficiente, e busca economizar energia ao máximo. Por isso, ele passa a repetir padrões de postura e movimento mesmo quando eles são prejudiciais.
Com o tempo, esses padrões se tornam vícios posturais que podem comprometer a saúde física e emocional. Entre os mais comuns estão: cabeça projetada para frente, ombros curvados, cifose acentuada, hiperlordose e escoliose funcional. A profissional de educação física explica, ainda, que esses desvios não são apenas problemas estéticos, mas estão ligados diretamente ao surgimento de dores crônicas, cansaço, rigidez e até mesmo alterações no comportamento e nas emoções.
“A cifose é típica de quem vive em modo de proteção, sobrecarregado ou emocionalmente retraído”, revela Paty. “A hiperlordose costuma aparecer em pessoas que acumulam responsabilidades e têm dificuldade de dizer ‘não’. Já a escoliose revela desequilíbrios profundos, físicos e emocionais, que muitas vezes foram egligenciados”, acrescenta. Além das dores nas costas, pescoço e quadril, outras consequências desses padrões incluem: limitação da respiração, sobrecarga nas articulações e até prejuízos no sono e na digestão.
“O corpo sussurra antes de gritar. Viver no piloto automático, sem consciência corporal, cobra um preço alto”, alerta a especialista. Então, como reverter os efeitos das adaptações corporais?
Segundo Paty Farago, é possível retomar o equilíbrio corporal com consciência, orientação técnica e práticas consistentes:
- Desenvolva consciência corporal: o primeiro passo é perceber os sinais do próprio corpo e reconhecer padrões posturais que causam dor ou desconforto;
- Reaprenda a respirar: a respiração correta é essencial para liberar tensões, ativar músculos profundos e sustentar o corpo com mais leveza;
- Trabalhe o eixo corporal: fortalecer o centro do corpo de forma funcional ajuda a estabilizar a postura sem rigidez;
- Evite focar só no sintoma: não adianta apenas alongar ou fortalecer músculos isoladamente. É preciso entender a causa do desequilíbrio e agir sobre ela.
- Busque orientação especializada: práticas como pilates e ioga podem ajudar, mas nem sempre são suficientes. Um olhar técnico e sensível, que respeite limites e promova uma evolução segura, faz toda a diferença.
- Invista em reeducação postural completa: o método desenvolvido por Paty Farago, por exemplo, atua na origem da dor, reorganiza o corpo e reconecta a pessoa com sua própria vitalidade.
