Ranking divulgado pela **Conexis Brasil Digital**, entidade que representa empresas de telecomunicações e de conectividade, reconhece as cidades de Ponta Grossa (PR), Porto Alegre (RS) e Curitiba (PR) como os municípios que mais incentivaram a implantação de infraestrutura de telecomunicações e expansão da conectividade.
**Brasília** decepcionou no levantamento: foi apenas a 56ª cidade entre 155 avaliadas, a 11ª entre as capitais, com nota de 3,5.
**[Veja aqui o levantamento completo e o ranking de Cidades Amigas do 5G](https://conexis.org.br/wp-content/uploads/2022/11/Ranking-Cidades-Amigas-2022-Relato%CC%81rio.pdf)**
O levantamento, chamado **Cidades Amigas do 5G**, é estabelecido a partir de **critérios** como:
– Autorização para instalação em até 60 dias;
– Prazo de validade da licença não inferior a 10 anos;
– Balcão Único (solicitações que podem ser feitas em um único órgão da prefeitura);
– Processos e documentação claramente definidos;
– Valores das taxas de licenciamento razoáveis e condizentes com o custo do processo de licenciamento.
**Completam a lista das dez cidades mais bem preparadas** para receber esse tipo de tecnologia os municípios de São José dos Campos (SP), Uberlândia (MG), Jacareí (SP), São Paulo (SP), Joinville (SC), João Pessoa (PB) e Chapecó (SC).
>“Além da adequação da legislação municipal à Lei Geral de Antenas, o levantamento também avaliou a burocracia enfrentada pelas empresas para instalar antenas como, por exemplo, a necessidade de fazer a solicitação em mais de um órgão municipal; o prazo para a instalação e o custo”, detalhou, em nota, a Conexis Brasil Digital (antigo SindiTelebrasil).
A cidade que ocupou a **pior posição no ranking foi Palmas (TO)**, seguida de São José (SC), Jundiaí (SP), São Leopoldo (RS), Santa Maria (RS), Canoas (RS), São Bernardo do Campo (SP), Osasco (SP), Taboão da Serra (SP) e Sete Lagoas (MG).
“_Entre os principais problemas encontrados nas que ocupam as últimas posições do ranking estão restrições para a instalação de infraestrutura; exigência de licença ambiental de forma geral, ao invés dos casos previstos em lei; e exigência de vários documentos para a aprovação da instalação de antenas_”, informa a Conexis.
O **presidente da entidade, Marcos Ferrari**, explica que ter uma legislação moderna “_é o primeiro passo para a expansão da conectividade_”. No entanto, acrescenta, é preciso também que as cidades desburocratizem processos e façam “_análises rápidas dos pedidos_”.
“_Essa adequação é essencial para a expansão do 5G, que vai exigir de cinco a dez vezes mais antenas que o 4G_”, completou Ferrari.
O levantamento **Cidades Amigas do 5G** destaca, entre as cidades com mais de 200 mil habitantes, aquelas que oferecem “_ambiente adequado à instalação de infraestrutura de redes de telecomunicações, como antenas e fibra óptica_”.
Segundo a avaliação do grupo, **as 11 cidades que mais avançaram em relação ao ranking de 2021 tiveram em comum a mudança na legislação do setor**. Teresina (PI) saltou 86 posições, São Paulo pulou 84 e Petrópolis ultrapassou 79 cidades em um ano. Entre as mudanças promovidas, estão a adequação da legislação com o ordenamento federal, processos centralizados e objetivos que propiciam autorizações rápidas e custos acessíveis para a implantação.