O dólar encerrou a segunda-feira (30) em queda e fechou o mês de junho cotado a R$ 5,43, o menor valor desde setembro do ano passado. Com isso, a moeda norte-americana acumula perda de mais de 12% no primeiro semestre de 2025, após ter subido mais de 27% ao longo de 2024. Somente na última semana de junho, a queda foi de quase 5%, a maior desde janeiro.
A desvalorização do dólar tem sido puxada por fatores globais, como a expectativa de que o banco central dos Estados Unidos (o Fed) possa reduzir os juros ainda este ano. Além disso, há sinais de que os EUA podem chegar a novos acordos comerciais antes de 9 de julho, o que tem aumentado o otimismo dos investidores.
Com esse cenário, o real teve o melhor desempenho entre as moedas mais negociadas do mundo nesta segunda, ajudado também por ajustes técnicos no mercado e pela disputa envolvendo a formação da taxa de referência usada nos contratos de câmbio.
No mercado de ações, a segunda-feira também foi positiva. A Bolsa brasileira teve um dia de alta e fechou o mês com valorização de 1,33%. No acumulado do segundo trimestre, a alta foi de 6,18%. No ano, o Ibovespa sobe 15,44% — é o melhor resultado para o primeiro semestre desde 2016.
A entrada de capital estrangeiro continua sendo um fator importante para o bom momento da Bolsa brasileira. O saldo de investimentos de fora no primeiro semestre foi o maior dos últimos três anos.