O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) apresentou, na sexta-feira (22), uma proposta de reajuste salarial direcionada aos servidores públicos federais, porém, com vigência específica nos dois últimos anos do mandato do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), abrangendo os anos de 2025 e 2026.
Em um comunicado endereçado às entidades sindicais participantes da Mesa Nacional de Negociação Permanente, a pasta propôs um reajuste de 9%, distribuído em duas parcelas: a primeira a ser aplicada em maio de 2025 e a segunda em maio de 2026.
O anúncio surge num contexto em que servidores públicos federais têm manifestado frustração com as respostas do governo diante das demandas apresentadas pela categoria ao longo do primeiro ano de gestão.
O governo Lula, até então, havia limitado sua proposta a um aumento nos auxílios concedidos. Durante a última reunião da Mesa de Negociação do ano, realizada em 18 de dezembro, foi discutido o aumento do auxílio-alimentação, do auxílio-saúde e do auxílio-creche.
Os novos valores propostos para esses benefícios estão previstos para entrar em vigor a partir de maio de 2024. O auxílio-alimentação, por exemplo, passará de R$ 658 para R$ 1.000,00; já o auxílio-saúde subirá de um valor médio de R$ 144,00 para R$ 215,00; e o auxílio-creche aumentará de R$ 321,00 para R$ 484,90, representando um incremento de 51,06% nos auxílios.
De acordo com as informações do governo, esse reajuste nos benefícios impactará positivamente os servidores com menores remunerações no serviço público federal, que recebem os três auxílios (alimentação, saúde e creche) simultaneamente, possibilitando um aumento de até 23% na remuneração total. Por outro lado, servidores que recebem salários de R$ 15 mil, somados aos três benefícios, terão um acréscimo total de 5,1% em sua remuneração.