Radar 2023: na moda e no lifestyle, confira 11 trends para o ano

Após muito estudar, mastigar, degustar e digerir tudo o que se debateu nos primeiros dias de janeiro a respeito do perfil da moda esse ano, é dada a hora: **hoje, o papo é tendência**. Trazendo à mesa a planta para 2023, a coluna abocanha, com casca e tudo, a atmosfera que há de pautar moda, beleza, _lifestyle_ e comportamento nos próximos meses — e lá vai um _spoiler_!

Pense num _feeling_ **nostálgico**, ao mesmo tempo que é **futurista**. **Otimista**, ao mesmo tempo que é **distópico**. Em tonalidades frias e shapes criativos. Em roupas emprestadas das quadras, das academias, divertida, mas que têm **ambição de durar para sempre. Pense na dicotomia de querer sumir — mas querer que todos curtam seu post de ‘até logo’**.

Em 2023, o panorama traz um novo senso de **maturidade**. A pandemia já não é mais dona do cotidiano, e tragédias de outras naturezas tomam conta dos noticiários. O que foi aprendido e vivido, contudo, ficou, e o objetivo está focado em **novas fronteiras**. Ao todo, 11 macro-tendências se destacam no turbilhão das novidades, merecendo um olhar mais apurado e investigado. Tire a cartela de bingo do bolso e comece a marcar: **a quantas dessas _trends_ você irá se render até dezembro?**

**Portal da transparência**

Sem forro, sem tampo, sem vergonha: **a nova transparência é descarada**. Com cara de novidade, peças translúcidas que bailam pelo mercado há anos agora se cansam do jogo de mostra-esconde e chegam sem abrir espaço para a imaginação. **Quanto mais _see thru_, melhor**.

Muito presente nas últimas cinco a seis temporadas internacionais, **a sensualidade não cansa de encontrar novos formatos**. Da hiperexposição da pele ao exagero de recortes, passando pelos comprimentos micro-mini e a moda bondage, agora a ordem é por uma roupa que quase não está lá — e usada, pasme, com pouquíssima cobertura por baixo.



Diferente da transparência que já é aceita no viver cotidiano, a nova roupagem da tendência se instala sobre um _underwear_ minimal e aparente, que **não se intimida nem pede escusa**. No Brasil, é difícil imaginar a moda pegando fora do circuito praiano, mas na ‘gringa’ já é natural esquecer do sutiã e deixar a fluidez do look dialogar com o corpo nu. Quem se habilita?

**Um pé no passado**

Calças de cintura baixíssima, assimetrias, botas de bico fino, boinas… é, **os anos 2000 emplacaram**. Desde o fim da década de 10, era fácil observar um retorno do _millennium_ através de trends hiper-controversas, como o temido jeans rebaixado e as largas mechas de efeito ‘listrado’. **Blumarine**, com seus tops de borboleta e peças cargo, não perdeu tempo. **Diesel**, apostando no aspecto ‘destroyed’ e acid washes, veio logo em seguida.

Em 2020, era esperado que a era das Britneys e Christinas voltasse a fascinar, afinal, o _timing_ acompanha sem atraso o movimento natural do ciclo de tendências, que se renova a cada 20 anos. A aceleração deste, contudo, já aponta os olhares para um novo tempo: **2010, aí vamos nós**.

Esqueça **Paris Hilton** e **Lindsay Lohan**: agora, os estilos de **Alexa Chung** e das gêmeas **Olsen** estão em voga. Lógico, silhuetas específicas do Y2K ainda estão em pauta, como o combo ‘calça + vestido’ e o infame ‘jeans com jeans’, mas o topo da pirâmide se aproxima de uma data diferente.

O look ‘bagunçadinho’, borrado e festivo que regia os ‘twenty-tens’ retorna, trazendo óculos grandes, bolsas maiores ainda, casacos de _faux fur_ e uma beleza ‘imperfeita’ — que rejeita a popular _clean girl aesthetic_ e abraça um caos jovial. O coque alinhado com gel no estilo Hailey Bieber irá descansar. Os fios vão ganhar textura, movimento, e a caçada pela idílica “rotina de skin care perfeita” abre espaço para uma abordagem mais natural e intuitiva, com menos produtos nas gavetas e mais ponderação na hora de comprar lançamentos. O clima geral é de desapego


Após o realento da exaustiva busca pela perfeição trazida pelo revival do Y2K, essa aura mais desapegada é um bem-vindo descanso. Aproveitemos! **Com moda, se sabe que nada é de durar muito**.

**Dead tech**

Em congruência ao despertar da era de 2010, uma crescente obsessão pelo que podemos chamar de uma ‘tecnologia morta’ tem resgatado o uso de **gadgets** até pouco considerados obsoletos.

Os **fones de ouvido com fio**, condenados ao ostracismo após o lançamento dos modelos _wireless_, ressurgem de um longo mergulho às profundezas das gavetas e tornam-se acessórios _fashion_. **Câmeras digitais** substituem as de iPhone, ou os hypados modelos analógicos, e são o aparelho eleito para registrar viagens, _looks_ e noitadas publicadas no Instagram. Até **celulares**, responsáveis por inspirar uma fervorosa corrida capitalista pelo “modelo mais novo”, dão um passo para trás e aparecem garimpados, coloridos, nostálgicos. Cada vez menos se compra na Apple, e mais no Mercado Livre.


Na ferramenta de análise de data **Google Trends**, os termos ‘cyber shot’ e ‘digital camera’ começaram a escalar em meados de 2019. No ano seguinte, a febre já estava instalada entre nomes como _Dua Lipa_ e **Bruna Marquezine** — na época, GPS publicou uma detalhada matéria a respeito do fenómeno, [vale lembrar](https://republica.gpslifetime.com.br/conteudo/lifestyle/16/pocket-camera-cool-kids-fazem-revival-do-gadget-hit-em-2000)! —.

Foi no pós-pandemia que retornaram ao auge, alcançando picos de pesquisa nos meses de outubro 2022 e janeiro 2023. Dentro desse período, a plataforma de vendas Shopee fichou um aumento de **165% na busca pelo item**, como afirmado pela empresa ao jornal **O Estado de S. Paulo**.

Junto a elas, telefones estilo **_‘flip phone’_**, como o icônico Motorola V3, já não são apenas uma memória do cavernoso tempo pré-_touch screen_. Para a criadora de conteúdo Sammy K (@skzzolno), o feeling saudosista do aparelho é apenas um dos atrativos. _“Eu e minhas amigas percebemos que todos os problemas que encontrávamos em nossas noites juntas tinha origem nos nossos telefones”_ afirmou em publicação no TikTok (o vídeo, vale acrescentar, acumula quase 15 milhões de views).

A fome por dispositivos desatualizados pode ser apenas mais um rebate da moda 2000-2010 contudo, é presumível que também relaciona-se com um apetite cada vez maior pelo **‘imperfeito’**. Diferente das câmeras desenvolvidas pela gigante da maçã, os aparelhos em questão entregam imagens muitas vezes borradas, com luz estourada e aspecto granulado, em nada similares aos cliques posados e estudados que um dia imperavam pela internet. Hoje e amanhã, a ordem digital pede por naturalidade, menos pose e mais movimento, registros espontâneos e fotos ‘menos que excelentes’.

Outro aspecto que seduz é o ‘off-line’ da questão. Distante das redes sociais, dos aplicativos de chat e da angustiosa necessidade de transformar qualquer momento em _post_, o usuário recobra um perdido senso de independência e privacidade, sumindo — mas para pouco longe. É a dose perfeita de liberdade sem a abstinência de renegar a conexão por completo. **A dose indispensável de ‘hoje’ adocicada pela pitada perfeita de ‘ontem’**.

**De outro mundo**

O flerte da humanidade com o plano sideral é antigo, mas nunca antes tão pertinente. Vivendo o que podemos chamar de uma **nova corrida espacial**, a sociedade busca ‘lá fora’ as respostas para perguntas que nos atormentam aqui embaixo. A moda, termómetro e espelho de superficiais a profundas vontades do homem, acompanha essa paquera.

Desde o final da década passada, percebemos os códigos do **retrofuturismo** sendo abordados no estilo e na mídia. Do **_Future Nostalgia_** de Dua Lipa às apresentações de casas como **Gucci, Moschino** e **Rick Owens**, um mundo tecnológico e prateado se ergue, e durante os meses de isolamento pandêmics, enquanto muitos buscavam na terra e na natureza a tranquilidade que permite a sanidade, outros olhavam para cima.

Seja imersa nesse nostálgico sentimento de ‘futuro do pretérito’ (alô Jetsons e Barbarella!) ou com a verve distópica de uma sociedade pós-apocalíptica, a **plástica espacial chega surfando uma onda prateada**, com peças cromadas, linhas agressivas e muito, mas **muito metalizado**. Acessórios protuberantes com formatos arredondados se assemelham a espaço-naves, e tonalidades como o **azul meia-noite** e o **verde limão** também preparam um comeback. Seria tudo isso uma inenarrável vontade de escapar, ou apenas um tira-gosto do que o futuro reserva?



**Perna longa**

**_“Se Kendall mandou, está mandado”_**, é o que muitos pensam a respeito do nem-sempre-amado mas seguramente-influente estilo da irmã Jenner. Mas será que a modelo foi capaz de, sozinha, desencadear uma poderosa corrente fashion? A resposta é não, **mas quase**…

Vestindo as ruas meia-calça, salto fino, _sweater_ e uma sugestiva _hotpant_, a top segurava um buquê de girassóis numa mão e a atenção da internet na outra. Não demorou para a produção ‘esqueci de vestir as calças’ se tornar referência de estilo, lembrando um look igualmente polêmico usado pela colega de profissão, **Bella Hadid** (‘calçolas’, jaqueta e Uggs).



Mas diferente de Bella, que entregou uma visão mais ‘relaxada’ da peça, Kendall elevou a _underwear_ ao status de elegância, e é difícil não encontrar, passarela a fora, silhuetas similares à usada pela modelo.

De **Yves Saint Laurent** a **Ronald Van Der Kemp**, os _microshorts_ de caimento ‘apertadinho’ teletransportam para a era mencionada não mais que alguns parágrafos acima. Entre **2007 e 2012**, a influência dos anúncios ‘atrevidos’ da grife **American Apparel**, da cultura imagética eternizada pelo fotógrafo **Cobra Snake**, e de celebridades como **Rihanna** e **Ke$ha**, que raramente eram vistas com as pernas cobertas, criou um grande _frisson_ em torno do comprimento mini. Cunhado hoje como _indie sleaze_, o estilo retorna numa roupagem mais ‘crescida’, madura e adulta — **mas não menos divertida**.

**Dança das cadeiras**

Por aqui, a pedra já foi cantada: **2023 é o ano das ancas**. As estruturas volumosas colocam o quadril em evidência e conferem destaque a uma área deveras mal vista no campo da estética corporal. **Até que enfim**!

A trend muito dialoga com a longa jornada da moda em direção a **silhuetas amorfas** e **moldes criativos**. Com estruturas arquitetônicas, [como mostrado por Loewe e Schiaparelli, ou fofas e arredondadas, vistas nas passarelas de Giambattista Valli e Carolina Herrera](https://gpslifetime.com.br/materia/voce-vai-querer-usar-6-tendencias-das-fashion-weeks-internacionais).

Foi absoluta nas semanas de moda internacionais do segundo semestre de 2022, evocando silhuetas centenárias que trazem Maria Antonieta e a corte de Versailles à cabeça. Agora, está em seu caminho às redes de _fast fashion_ e marcas de alto apelo popular. Afinal, se o desejo fashion se comporta como balanço, quando cortes e silhuetas somem por muito tempo… **uma hora, hão de subir**.


**Porcelana azul**

Quando o ramo de _skincare_ se tornou ‘a menina dos olhos’ dos _beauty addicts_, a caça da **pele _glow_** se assemelhava às cruzadas de Ricardo Coração de Leão. Contudo, após bons anos de reinado, o acabamento viçoso da maquiagem está prestes a **guardar a espada**. Numa proposta mais ‘porcelanada’, a pedida do momento é por uma **make a lá anos 90**, com **finalização matte** e **produtos em pó**. O look ‘renascentista’, com contorno mínimo, blush rosado e textura opaca irá aos poucos retomar o trono, junto com **tonalidades mais gélidas nos olhos**, rosto e boca (pense em sombras de baixa saturação em prateados e azulados, numa paleta cromática quase **invernal**).


Iluminadores continuarão participando do processo de pintura facial, mas tomarão lugar de **coadjuvância** em efeitos mais delicados. O amado _bronzer_ abrirá espaço para **_contour sticks_ em tons frios**, e os _blushes_, ainda bastante vibrantes, se aventuram em pigmentações próximas ao **rosa-chiclete** e ao **lilás**, no estilo do tão-viral _Dior Backstage Rosy Glow_. No Brasil, o fim do verão é a data limite para que o termômetro (e os cosméticos!) comecem a esfriar. Até mais ver, dourados e laranjas! Nos reencontramos em breve.

**Gente fina**

Ainda em matéria de visagismo, a próxima notícia há de arrepiar os pelos de muitas (e arrancar os de outras): **as preciosas sobrancelhas estão, sim, ficando mais finas**. Desde os anos 70 e 80, observamos de perto a gangorra dessa moda oscilar entre imperativos: “afina!”, é o que mandavam nos anos 90 e 2000; “engrossa!”, ordenavam nas décadas de 70, 80 e 2010. E assim ela vai.

Menos Cara Delevigne e mais Pamela Anderson, o chamado agora é por **arcos refinadíssimos** — quase **nulos**. E quem não está emagrecendo as sobrancelhas com tudo que tem… **está descolorindo-as**.


A tonalidade **platinada** nos fios já tomou o hemisfério norte, e mesmo quem não tem coragem de se comprometer ao visual permanente, brinca com o look pintando a região com corretivo. O fenômeno abre o leque da ousadia numa área que quase nunca ganha destaque na maquiagem, e diferentes maneiras de penteá-la, além de produções que preencham o espaço com mais criatividade, são **a nova fronteira do universo da beleza**.

**Desabrochado**

No pescoço ou no busto, **as rosas floresceram**. Esqueça os prints florais que tanto importunaram Miranda Priestley em **_O Diabo Veste Prada_**: agora, o universo botânico sai do plano bidimensional e ganha **projeção 3D**, com flores e pétalas se transformando em gargantilhas, tops e broches que **desabrocham para fora do corpo** e tomam conta do perímetro espacial.


Numa proposta que eleva o design a níveis **literais e arquitetônicos**, o modismo dá cara madura ao motivo campestre, extraindo o caráter bucólico que foi tanto visto durante a pandemia. E mesmo que esteja preservado tal clima fresco de ‘flor do campo’, o **aroma da planta já é outro**.

Apesar da rapidez com que está tomando o gosto das fashionistas, o flerte com a temática botânica tem potencial de se tornar um **_staple_ clássico**, que pode até vir a cansar a retina num futuro próximo, **mas dificilmente murchará por completo**.

**Bate bola**

Do campo de futebol às pistas de corrida, do salão de dança à academia, o **_sportwear_** não vai descansar enquanto não penetrar, sem cerimônia, a rua. Em 2022, o **_balletcore_** chegou prometendo visita breve: não passava de um entusiasmo momentâneo com ‘nome-chiclete’. Que nada! **Miuccia Prada** calçou a sapatilha de ponta e, num estalar de dedos, **Miu Miu** se tornou referência no estilo e dominou a _wishlist_ da geração Z. Dos pés, a estética subiu para a meia-calça rosa, as sainhas rodadas, boleros, fitas no cabelo… nada ficou de fora e, pelo que se observa, por muito tempo não há de ficar. A tendência pegou, e não veio sozinha.


Ainda no ano da Copa, era de se prever um interesse mais afiado pelo **futebol**. O **_blokecore_**, como foi apelidado, saiu do Reino Unido e muito se afeiçoou pelo Brasil — ambos países de uma visceral tradição futebolística. Camisetas de times famosos estouraram a bolha, e até quem nada se interessa pelo jogo, **se jogou com força**. Na parte de baixo, shorts de jogador causavam espanto em produções disruptivas, e tênis inspirados na silhueta chuteira, como o **Adidas Samba**, não mais se encontram nas lojas.


Atrás do volante, o desejo foi constante. Alimentada talvez pela súbita ascensão da grife francesa **Courréges**, a fixação com jaquetas _motorcycle_ foi responsável por _hypar_ uma série de produtos automobilísticos, como camisetas e bonés. Usados com saias fluidas e botas longas, os casacos foram muito vistos ‘lá fora’, e não há nada que indique um freio na _trend_.
Após tanto flerte, **qual será o novo _affair_ olímpico do mundo da moda**?

**Perfurado**

**Piercings, levantem-se! Se furar está em alta**. As jóias corporais escaparam da pele e apoderaram-se de camisetas, jaquetas e bolsas, resgatando o clima **_punkrock_** dos anos 1970 e 1990. A trend evoca o período de **Galliano** na Dior e suas infame coleção de peças _‘pieced’_ (a Saddle ‘furadinha’ é hoje uma das mais raras versões do modelo!), mas não carece do mesmo investimento. Ao redor das redes, peças **DIY** ganham destaque com aplicações feitas em casa, sem necessidade de muita habilidade ou destreza: um brinco preso na região peitoral da blusa e boom!, surge uma t-shirt com piercing no mamilo. **Haja atitude**.


**Um estouro**

Digam o que quiserem: mesmo em tempos de caos e incerteza (ou quiçá principalmente nestes) **a moda não perde o senso de humor**. E se a economia mundial está inflada como um balão de hélio, as peças que correm as passarelas hão de, literalmente, **se ‘balonizar’**.

No início de fevereiro, a grife **MSCHF** fez manchete com suas botas **‘Astroboy’**. Com um literal pé no mundo da animação, o item é o exemplo perfeito da tendência **_puffy_** que grifes como **Loewe** e **Prada** já dominam tão bem. Desta, o já-tão-adorado _loafer_ tratorado ganhou sua versão **‘inchada’**, e daquela, podemos apostar no óculos de **balões** como _hit_ do verão.

Quando era comandada por **Daniel Lee, Bottega Veneta** também entregou sua visão dos acessórios **‘gorduchos’**, já a **Coach** saiu de um longo hiato de irrelevância graças à **Pillow Tabby**, sua primeira it-bag em muito, muito tempo.


Em setembro de 2022, **Jeremy Scott** se inspirou _ipsis litteris_ nos conceitos de **inflação** e desespero para lançar uma linha que em nada reflete o sombrio cenário. _“As vezes sentimos que estamos **afundando**”_, afirmou à Vogue ao explicar o Spring 2023 da **Moschino**, que contou com múltiplas **bóias** e **flutuantes**. O resultado abre um sorriso no rosto de quem antes podia, agora já não pode, comprar as peças da marca — ou de qualquer casa de luxo, vale destacar — graças ao constante encarecimento do custo de vida. **Rindo-se do infortúnio se fazem boas piadas — e uma ótima moda**.