O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,26% em junho, marcando o quarto mês seguido de desaceleração da inflação e ficando abaixo do índice de junho de 2024 (0,39%). O principal destaque foi a queda nos preços dos alimentos (-0,02%), após nove meses consecutivos de alta. Entre os alimentos que mais contribuíram para a deflação estão tomate (-7,24%), ovos (-6,95%) e arroz (-3,44%). A gasolina também ajudou a conter a inflação, com recuo de 0,52%.
Dos nove grupos pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE), sete apresentaram alta, com destaque para habitação (1,08%), que teve o maior impacto no índice (0,16 p.p.), puxado principalmente pela alta de 3,29% na conta de luz. Essa elevação se deve à volta da bandeira tarifária vermelha patamar 1, com cobrança extra de R$ 4,46 por 100 kWh consumidos. Outros grupos com aumento relevante foram vestuário (0,51%) e saúde e cuidados pessoais (0,29%).
No acumulado de 12 meses, o IPCA-15 chega a 5,27%, ainda acima da meta do governo, que é de 3% com margem de 1,5 ponto percentual. A prévia da inflação oficial é calculada com base em preços coletados entre 16 de maio e 13 de junho em 11 regiões metropolitanas. O índice completo (IPCA) de junho será divulgado em 10 de julho pelo IBGE.