Durante uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) realizada na sexta-feira (13), a Rússia surpreendeu diversos governos ao apresentar um projeto de resolução que pede um cessar-fogo humanitário na Faixa de Gaza e a libertação de todos os reféns mantidos pelo grupo extremista e terrorista Hamas.
Além disso, o documento propõe a criação de um corredor humanitário na região. Contudo, a proposta, composta por apenas algumas linhas, buscaria uma solução imediata para a escalada do conflito entre Israel e o Hamas, que tem causado sofrimento e mortes entre a população civil.
A reunião do Conselho de Segurança da ONU foi presidida pelo ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira. No entanto, o encontro terminou sem uma definição clara, e o Itamaraty anunciou que os esforços de negociação continuam a fim de aprovar um texto nos próximos dias.
Vieira lançou um alerta enfatizando que a credibilidade da ONU dependerá da forma como o conselho vai lidar com a crise em Gaza. Durante a reunião, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, apresentou a situação da região aos governos, promovendo uma troca de visões entre os membros.
Vieira evitou se comprometer com a proposta russa apresentada durante a reunião, mas ressaltou que consultas adicionais serão realizadas. O chanceler enfatizou que o conselho de Segurança precisa tomar ações decisivas diante do cenário crítico em Gaza.
O embaixador da Rússia nas Nações Unidas, Vassily Nebenzia, destacou a necessidade de um cessar-fogo imediato. Ele enfatizou a importância das negociações para viabilizar a criação de um estado palestino e resolver o conflito em Gaza.
No entanto, críticos apontam que a Rússia utilizaria o poder de veto para bloquear ações do Conselho de Segurança da ONU em relação à guerra na Ucrânia.
A postura russa na Ucrânia tem sido alvo de controvérsia e debate na comunidade internacional. A proposta de cessar-fogo apresentada pela Rússia no contexto do conflito em Gaza destaca o papel ambíguo do país no cenário global.