O Partido dos Trabalhadores (PT) oficializou o apoio à pré-candidatura do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) à Prefeitura de São Paulo na eleições de 2024. O anúncio ocorreu em evento realizado pelo Diretório Municipal do partido neste sábado (5) e contou com a presença de nomes nacionais do partido, como a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Em sua fala, o presidente do PT na capital paulista, Laércio Ribeiro, associou o atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), ao Bolsonarismo. “O Bolsonarismo segue vivo na mão do incompetente Ricardo Nunes”, disse. Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também ex-prefeito da capital paulista, afirmou que a unidade formada na eleição de 2022, em apoio à sua candidatura ao governo do Estado e à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República, agora precisa ser repetida em torno do nome de Boulos.
Haddad afirmou ainda que Boulos é respeitado no mundo todo e pode ajudar a projetar a cidade. “Seremos um celeiro de boas práticas a partir de 2025 com Boulos na prefeitura. Agora é hora de fazermos um grande palanque progressista”, afirmou o ministro da Fazenda, destacando que é preciso agregar mais partidos em torno da candidatura de Boulos. A esposa dele, Ana Estela Haddad, tem sido citada como possível nome para ser vice de Boulos.
O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), pré-candidato à prefeitura de São Paulo, agradeceu o apoio do PT e disse que a cidade está abandonada, à deriva. “Sou grato a decisão do Partido dos Trabalhadores de compor junto conosco essa frente progressista”, disse. Ele afirmou que a atual gestão, de Ricardo Nunes (MDB), mistura “desumanidade, incompetência e esquemas”. O pré-candidato criticou o adversário ao dizer que recapeamento não pode ser marca de uma gestão e que a possível privatização da Sabesp está sendo usada como moeda de troca por apoio entre o prefeito da capital e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
O pré-candidato afirmou em seguida que o estado atual da cidade não pode ser relacionado à falta de dinheiro. “São Paulo tem R$ 36 milhões parados no caixa. Outro dia, li uma matéria dizendo que o dinheiro estava rendendo juros. Cidade não é banco, prefeitura não é banco”, declarou. Boulos também associou Nunes ao bolsonarismo e afirmou que a capital paulista rejeitou o bolsonarismo em 2022.
Gleisi vê chances de vitória
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que Boulos é um candidato para disputar e ganhar a prefeitura da cidade de São Paulo. “Haddad ganhou aqui, Lula ganhou aqui”, disse ela, referindo-se às vitórias, na capital paulista, nas eleições de 2022, do então candidato ao governo do Estado pelo PT, Fernando Haddad (que foi derrotado pelo atual governador, Tarcísio de Freitas, do Republicanos), e ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que venceu, na mesma cidade, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Gleisi afirmou que é preciso derrotar o bolsonarismo e que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, entrará na campanha de Guilherme Boulos. “O que vai orientar nossas alianças municipais é o palanque de Lula em 2026”, afirmou Gleisi, ressaltando que o ano de 2024, com eleições municipais, será importante para 2026.
Ela disse que o município de São Paulo será uma das principais disputas e afirmou não ter dúvidas de que o deputado federal, Jilmar Tatto (PT-SP), estará junto na campanha. Ele tem feito críticas a aliança do PT com o PSOL para apoiar Boulos, dizendo que a pré-candidatura de Boulos deve beneficiar a pré-candidatura à reeleição do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e pode enfraquecer o PT na capital paulista.
