GPS Brasília comscore

Projeto de privatização da Rodoviária do PP avança na CLDF

Texto ainda passará por outras comissões antes de ser votado pelos distritais
Reunião da CEOF da CLDF
Reunião da CEOF da CLDF | Foto: Renan Lisboa/CLDF

Compartilhe:

O projeto de lei da privatização da Rodoviária do Plano Piloto, proposto pelo governador Ibaneis Rocha (MDB), foi aprovado, nesta terça-feira (21), pela Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (CEOF) da Câmara Legislativa (CLDF). O texto autoriza o Executivo a conceder ao setor privado a gestão, operação e exploração da Rodoviária, seguida de uma obra pública para reforma e ampliação do espaço.

A votação na CEOF foi acirrada, com três votos a favor (Eduardo Pedrosa (União), Joaquim Roriz Neto (PL) e Jaqueline Silva (MDB) e dois contrários (Paula Belmonte (Cidadania) e Jorge Vianna (PSD).

O texto já passou pela Comissão de Assuntos Fundiários (CAF) e precisa seguir por outras comissões, como Fiscalização, Governança, Transparência e Controle; Transporte e Mobilidade Urbana, e Constituição e Justiça, antes de chegar ao plenário.

O relator da proposta, deputado Eduardo Pedrosa (União Brasil), acatou emendas ao texto original do governo, incluindo uma que exclui a Galeria dos Estados do projeto de privatização. Outra emenda prevê o direito de preferência aos atuais ocupantes dos quiosques.

Debates

A sessão foi marcada pela presença de representantes dos concessionários da Rodoviária, que expressaram contrariedade ao projeto de privatização.

O deputado Joaquim Roriz Neto planeja apresentar emendas em plenário para proteger ambulantes e concessionários e aprimorar o texto original.

Por sua vez, a deputada Paula Belmonte mostrou desconforto com a apreciação do projeto e ressaltou a realização de uma audiência pública para debater a questão. Ela destacou que muitos atuam na Rodoviária há mais de 50 anos, afirmando que “a política pública não pode se distanciar do ser humano”.

O deputado Jorge Vianna criticou qualquer tipo de privatização e vê a proposta como um sinal de incompetência do Estado. Para ele, a iniciativa representa uma tentativa do governo de transferir sua responsabilidade para o setor privado.

“Se privatizarmos a Rodoviária, ainda será possível comprar um pastel e uma água com 3 reais? Na minha opinião, não deveríamos privatizar esse monumento histórico de Brasília”, opinou.

Com informações da CLDF