Com informações da ABC
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), do governo federal e executado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), virou pauta da visita de uma comitiva de 17 representantes da República do Congo a Brasília.
O grupo veio conhecer de perto a inclusão de diversas políticas de agricultura familiar e de segurança alimentar e nutricional dentro das comunidades escolares. A visita oficial se encerra no dia 14 de abril, quando a comitiva retorna ao país membro da União Africana.
“O PNAE já conta com quase 70 anos de existência. Já passou por mais de 20 governos, sempre evoluindo qualitativa e quantitativamente até o seu atual estado”, explicou a embaixadora Luiza Lopes, diretora-adjunta da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), vinculada ao Ministério das Relações Exteriores (MRE).
A solenidade de abertura da visita técnica ocorreu na segunda-feira (10), no Palácio do Itamaraty, em Brasília. A iniciativa é coordenada pela ABC, em parceria com o FNDE e o Centro de Excelência contra a Fome, no Brasil, do Programa Mundial de Alimentos (PMA).
A chefe da delegação africana e ministra de Assuntos Sociais, da Solidariedade e da Ação Humanitária do Congo, Irene Kimbatsa, agradeceu a recepção e a programação que inclui visitas de campo e reuniões com as instituições que participam do PNAE.
“Novamente as autoridades brasileiras nos recebem para compartilhar conhecimentos relativos ao programa de alimentação escolar no Brasil, o que é muito importante para o Congo”, disse.
A presidente do FNDE, Fernanda Pacobayhba, ressaltou a parceria entre a alimentação escolar e a agricultura familiar.
“Nós garantimos não só uma alimentação escolar com produtos de qualidade, mas fortalecemos a própria economia dos municípios, uma vez que a compra é local”, afirmou.
Já Daniel Balaban, diretor do Centro de Excelência contra a Fome, no Brasil, do Programa Mundial de Alimentos (PMA), salientou que programas de alimentação escolar têm impactos positivos também em questões de gênero e de mudança do clima.
“O programa precisa assegurar sua sustentabilidade, garantir a compra local de produtos, a variedade da produção com qualidade de armazenamento e logística de transporte de alimentos”, ressaltou. “É um processo complexo, mas com resultados muito positivos nos países que estão desenvolvendo programas de alimentação escolar, a exemplo do Brasil”.
Visita
Durante a semana, a delegação conhecerá de perto detalhes sobre a legislação que envolve o PNAE, a dinâmica do modelo de alimentação escolar, conjugado com a agricultura familiar, em que 30% dos produtos são comprados diretamente de produtores locais.
Os congoleses visitarão, ainda, escolas urbanas e rurais beneficiadas pelo Programa no DF, o Centro de Distribuição de Alimentos (Ceasa), além de propriedades de agricultores familiares que fornecem os alimentos consumidos nas escolas.
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