Categories: Cidades

Procurador defende reforma completa do sistema penitenciário brasileiro

Os mais de 200 ataques recentes ao sistema penitenciário brasileiro mostram que o modelo de recuperação aplicado no País está longe do ideal. Estas ações, repetidas com constância, refletem a necessidade de mudança na forma de administrar não só o preso, mas também as verbas públicas aplicadas no sistema. Esta é a opinião do procurador José Rubens Plates, do Ministério Público Federal, autor do livro recém-lançado “O Financiamento e a Gestão do Sistema Penitenciário”.

Durante a participação na live promovida pelo Centro de Reabilitação do Preso e Egresso (Cerape), instituição que, desde 1995, trabalha no acolhimento e reabilitação de egressos do sistema penitenciário e indivíduos em risco social e vulnerabilidade criminal, o procurador foi claro ao dizer que precisamos nos inspirar em modelos de sucesso no mundo, para reformularmos a forma como pensamos o detento no Brasil.

 

“Na Holanda, por exemplo, um preso que cumpre pena por estelionato, só ganha a liberdade após aprender a lidar com dinheiro”, revelou Plates. E o procurador ainda seguiu dando outros exemplos que demonstram as falhas de nosso sistema penitenciário. “Em países como este, na pessoa presa por crime violento é trabalhada a gestão da raiva”, explicou. 

 

Em seu livro, o procurador traz para o debate o drama por que passa o sistema penitenciário brasileiro, com acúmulo de presos, falta de assistência médica adequada, agressões imotivadas e a eterna opção pela solução simples, a de construir mais presídios.

 

O Cerape está localizado em Luziânia-GO e recebe tanto presos quanto egressos, que tenham desenvolvido dependência química, para completarem a ressocialização dentro do pilar da sobriedade. A instituição tem um modelo próprio inspirado no que prevê o método dos “Doze Passos”.

 

Os sentenciados indicados sempre estão em condição legal, ou seja recebem progressão da pena, são oriundos do sistema semiaberto e entram monitorados por tornozeleira eletrônica. Uma outra forma, bem comum de acolhimento de sentenciados ou egressos é por Rede de Atenção Psicossocial (RAPs), pelos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS).

Redação GPS

Nós somos uma equipe de jornalistas apaixonados por informar, entreter e inspirar nossos leitores com conteúdo de qualidade e credibilidade.

Posts Recentes

Boulos vai pedir prisão de Marçal após divulgação de suposto laudo falso sobre uso de droga

Candidato do PSol acusa adversário de espalhar suposto receituário que alega uso de entorpecente

2 horas ago

Disputa entre Nunes, Boulos e Marçal é a mais acirrada em São Paulo desde 2000

Datafolha mostra cenário de indefinição, com apenas 2 pontos percentuais separando principais candidatos

2 horas ago

Pesquisa: 40% dos brasileiros acreditam que aparência física pode afetar futuro individual

Entrevistados também acreditam que sucesso no relacionamento está atrelado aos cuidados pessoais

3 horas ago

Parada LGBT+ Rio: organizadores planejam iniciativas sustentáveis

Evento no dia 24 de novembro deve se transformar em Parada Verde

3 horas ago

Detran alerta motoristas sobre riscos no trânsito com a chegada das chuvas

Autarquia divulgou vídeo no YouTube com orientações e vai desenvolver ações educativas

4 horas ago

Cármen Lúcia diz que desinformação nas eleições é “cabresto digital”

Para a ministra, é necessário resgatar a plena liberdade de voto

4 horas ago