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Primeiro de maio: a história por trás do Dia do Trabalhador

A data surgiu no século XIX, e é marcada por lutas e conquistas pelos direitos trabalhistas

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Neste 1º de Maio, é celebrado o Dia do Trabalhador, uma data emblemática que remonta a eventos históricos de luta e resistência da classe trabalhadora em todo o mundo. A origem deste dia surgiu na Revolta de Haymarket, em Chicago, nos Estados Unidos, ocorrida em 1886, quando milhares de trabalhadores protestavam por melhores condições de trabalho e a redução da jornada para oito horas diárias.

Em homenagem aos trabalhadores que perderam suas vidas em Haymarket, a Internacional Socialista estabeleceu o 1º de Maio como o Dia Internacional dos Trabalhadores. 

Revolta de Haymarket. Ilustração de Thure de Thulstrup (1886)
Brasil 

No Brasil, o Dia do Trabalho foi instituído em 1925, durante o governo de Artur Bernardes, mas antes desse fato, em 1917, uma greve geral em São Paulo evidenciou as condições precárias de trabalho enfrentadas pelos operários e comerciantes da cidade. Entre as reivindicações estavam o aumento de salário, a redução da jornada de trabalho e a proibição do trabalho infantil e feminino à noite.

Ao longo dos anos, importantes avanços foram conquistados. Na Era Vargas, foram instituídos o salário mínimo em 1940 e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) em 1943, marcando a legislação trabalhista brasileira.

Religiosidade 

Desde 1955, a Igreja Católica celebra no dia 1º de maio a festa de São José Operário, em homenagem ao santo que, segundo a Bíblia, era carpinteiro, esposo de Maria, e pai nutrício de Jesus, São José é padroeiro dos trabalhadores. 

A festa foi instituída pelo Papa Pio XII. “O primeiro de maio, em vez de ser fomento de discórdias, de ódio e de violências, é e será um convite constante à sociedade moderna de completar o que ainda falta à paz social. Seja portanto o 1º de maio uma festa cristã, um dia de júbilo para o triunfo concreto e progressivo dos ideais cristãos da grande família do trabalho”, afirmou o então Papa.