Primavera segura: conheça as plantas amigas dos pets

Estação traz alerta para pets e especialistas indicam espécies tóxicas e opções seguras para evitar riscos à saúde

Algumas plantas enchem os olhos com flores vibrantes, perfumes delicados e folhas que parecem obras de arte. Com a chegada da primavera oficialmente no próximo dia 22 de setembro, esse espetáculo natural invade casas e jardins, renovando a atmosfera dos espaços. Mas, por trás de tanta beleza, pode existir um risco silencioso.

Diversas espécies ornamentais comuns carregam substâncias tóxicas capazes de afetar não apenas os humanos, mas também cães e gatos que convivem no ambiente doméstico. Nesse cenário, conhecer quais plantas são seguras, e quais exigem cuidado redobrado torna-se essencial para aproveitar a estação com tranquilidade.

Segundo o médico veterinário Jean Schoingele, espécies como lírio, comigo-ninguém-pode, azaléia, antúrio, espada-de-são-jorge, hortênsia e cica (Cycas revoluta) oferecem riscos graves. “É comum que cães e gatos mordisquem folhas ou flores durante brincadeiras ou por curiosidade. O problema é que muitas dessas espécies liberam substâncias que podem causar vômito, diarreia, salivação intensa, tremores e até falência renal”, explica.

Entre elas, a cica, também chamada de sagu-de-jardim, exige atenção especial. “A intoxicação por cica é uma das mais graves que atendemos no pronto-atendimento. Os sintomas podem surgir em poucas horas, com vômito, diarreia, fraqueza e icterícia. Quanto mais cedo o tutor procurar atendimento, maiores são as chances de recuperação do animal”, pontua Schoingele.

Por outro lado, há alternativas seguras que permitem manter a casa florida sem comprometer a saúde dos bichos. “Com informação correta, é possível conciliar a beleza da primavera com a segurança dos animais de estimação”, orienta o especialista. Girassóis, orquídeas e ervas aromáticas como alecrim, hortelã e manjericão estão entre as opções livres de toxinas.

Outro ponto de atenção é a rapidez dos sintomas em casos de ingestão acidental. “Não existe antídoto específico para todas as plantas tóxicas. O sucesso do tratamento depende da rapidez com que o tutor age ao perceber sinais de intoxicação”, alerta Schoingele.

Quais plantas evitar e quais são seguras

Plantas que oferecem risco para cães, gatos e pessoas

  • Comigo-ninguém-pode: contém oxalato de cálcio; pode causar irritação, vômitos e até asfixia.

  • Copo-de-leite: provoca irritação e queimaduras na boca e garganta.

  • Hortênsia: concentra cianeto de hidrogênio, com risco de convulsões e problemas circulatórios.

  • Antúrio: pode causar lesões na pele, olhos e mucosas.

  • Zamioculca: venenosa quando ingerida, gera náusea e irritação.

  • Fícus: a seiva leitosa provoca dermatites e irritações respiratórias.

  • Samambaia: ingerida em pequenas quantidades, pode intoxicar gatos.

  • Dracena: em cães e gatos, pode causar diarreia e vômitos.

  • Hera: causa irritações graves na pele e mucosas.

  • Espada-de-são-jorge: provoca vômitos, diarreia e irritação quando ingerida.

Plantas consideradas seguras para pets

  • Samambaia de Boston

  • Violeta-africana

  • Echeveria (suculenta)

  • Painço (Calathea)

  • Palmeira-areca

  • Pilea

  • Palmeira-ráfis

  • Orquídeas ornamentais

  • Planta-aranha

 

 

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