Sim, a estação das flores já deu sinais de que vem com tudo, anunciando o início das temporadas de calor intenso, com dias lindos e ensolarados, um convite para programas a céu aberto.
Os espumantes e os vinhos brancos logo são associados às altas temperaturas, e com razão: são leves, têm boa acidez e são servidos gelados. Mas, nenhum vinho simboliza tanto a primavera como o rosé. Afinal, eles têm uma grande vantagem: vão bem tanto com saladas, peixes, frutos do mar, massas e outros pratos leves. Pensando nisso, selecionei alguns que combinam com a temporada e que vão deixar seus dias mais alegres.
Para quem curte espumantes, uma boa dica é o Freixenet Italian Rosé, uma combinação das uvas Glera da região de Vêneto, na Itália, e também Pinot Noir. Esse espumante já começa chamando atenção pela garrafa, né? Ela é linda, no estilo bico de jaca que, com certeza, vai virar um lindo vaso para flores depois de consumido. Com graduação alcoólica de 11%, ele cai super bem nesses dias quentes. É leve, fresco e sofisticado.
Outra sugestão é o sur lie Fatto a Mano da Casa Pedrucci, delicioso, cremoso e aromático, feito com Merlot e Pinot Noir. Mais uma ótima opção que combina com os dias quentes! É um espumante elegante, macio, com boa estrutura e cremosidade.
Sur Lie é um termo francês que significa “sobre as borras”. Ou seja, o líquido da garrafa não passa pelo processo de degorgement, quando a parte de cima da garrafa, onde ficam os sedimentos, é retirada antes da garrafa ser enrolhada.
Para quem, como eu, adora os brancos, o que não falta é opção. Um Sauvignon Blanc de safra nova, por exemplo. Um belo Pinot Grigio, um Chenin Blanc ou um vinho da uva Chardonnay, mas sem passagem por madeira, também vão muito bem neste calorzão.
Uma dica com bom preço é o Dalton White Blend, um vinho branco para o dia a dia. Leve e refrescante, tem um bom equilíbrio entre o dulçor, que é bem discreto, e a acidez. Produzido pela Bodega Norton, que fica em Mendoza na Argentina, ele é um corte das uvas Torrontés, Pedro Gimenez e Ugni Blanc que juntas, dão a ele uma ótima intensidade aromática, com notas cítricas, frutas brancas e um toque floral.
O Leyda Chardonnay é puro, sem barrica e que mostra bem o terroir de Leyda no Chile. Sou suspeita quando o assunto é vinho branco. Eu adoro e acho que tem tudo a ver com o nosso clima.
Para os amantes dos rosés, o queridinho da estação, tem sugestão para todos os gostos e bolsos, como o espanhol Numbered Edition elaborado na Rioja com uvas Tempranillo procedentes de três diferentes terroirs. Esse vinho é de uma edição limitada e numerada, por isso cada garrafa tem um rótulo único. Outro espanhol é o 99 Rosas, um delicioso e refrescante orgânico, feito com Garnacha.
Já para os mais tradicionais, a dica são dois clássicos da Provence: o Manon Côtes de Provence, um rosé elegante e típico da região banhada pelo mar Mediterrâneo e o Jas des Vignes Provence Rosé IGP, cheio de aromas florais e notas de morango. Tem ainda o Nederburg Rosé, um sul africano com notas de frutas vermelhas, leve e suave, ideal para acompanhar salmão defumado e pratos vegetarianos.
Tintos, por que não?
E quem disse que os tintos não combinam com a estação? A regra é simples, se a opção é um tinto, escolha os mais leves e delicados, como os feitos com a uva Pinot Noir. Dá pra arriscar também um Merlot ou um Carménère de baixa graduação alcoólica, sem passagem por madeira e com taninos mais leves. A dica é procurar vinhos jovens, cuja acidez e frescor possam aparecer com sua máxima evidência, afinal o vinho da estação é para refrescar e dar um chega pra lá no calor, né?
Aqui, eu sugiro um representante chileno da vinícola Errazuriz, um Reserva do Vale do Aconcágua, que revela bem as características desta casta. É um vinho que passa 6 meses em barricas de carvalho francês e traz muito frescor, fruta vermelha fresca, um bom equilíbrio sem pesar na boca.
Agora é escolher os seus preferidos e esperar a chegada da primavera!
