A cantora Preta Gil morreu neste domingo (20), em sua casa nos Estados Unidos, onde estava desde maio de 2025. Ela estava em tratamento contra um câncer colorretal e, na última quarta-feira (16) apresentou piora no quadro de saúde. A artista iniciou o tratamento contra a doença em janeiro de 2023, quando anunciou publicamente o diagnóstico. Ela deixa um filho, o também cantor Francisco Gil, o pai, Gilberto Gil, a mãe, Sandra Gadelha, e a neta, Sol.
Ao longo dos últimos anos, Preta compartilhava abertamente com os fãs sua jornada e os desafios que enfrentava na luta contra o câncer. Ela passou por diversas cirurgias, nas quais fez a retirada do tumor, do útero e uma reconstrução do trato intestinal. Em agosto de 2024, a doença retornou, desta vez afetando outras quatro áreas de seu corpo: dois linfonodos, um nódulo no ureter e metástase no peritônio.
Então, ela foi submetida a uma megaoperação que durou cerca de 21 horas para a retirada dos tumores. Sem sucesso com os procedimentos no Brasil, ela foi para os Estados Unidos em maio de 2025 e, desde então, participava de um tratamento experimental.
Preta Gil não era apenas cantora. Ela trabalhou como atriz e apresentadora, e era voz ativa na batalha contra racismo, gordofobia e homofobia, além de agir em defesa dos direitos das mulheres.
A veia artística veio, literalmente, de família. Era filha do cantor Gilberto Gil e de Sandra Gadelha, sobrinha de Caetano Veloso e afilhada de Gal Costa. Iniciou sua carreira em 2003 e foi um dos grandes nomes da música brasileira.
A última vez que subiu ao palco foi ao lado de seu pai, em abril deste ano, em uma participação especial que fez no show da turnê de despedida Tempo Rei, em São Paulo. Na ocasião, eles cantaram, juntos, a música Drão, que foi escrita para a mãe de Preta. Durante a performance, o músico de 82 anos ficou bastante emocionado.
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