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Presidente romeno visita Memorial JK e se encanta com a história da capital

Para Klaus Iohannis, epopeia de Juscelino Kubitschek demoraria 300 anos se fosse construída nos dias atuais

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O presidente da Romênia, Klaus Werner Iohannis, visitou o Memorial JK, no começo da tarde desta terça-feira (18). Recebido pelo vice-presidente André Kubitschek, bisneto de JK nascido em Brasília, ele conheceu o museu dedicado à memória do fundador da capital e ficou encantado com o espaço.

 

Durante a visita, o presidente romeno ficou impressionado ao saber dos detalhes da construção de Brasília e se disse admirado com o Memorial, presidido por Anna Christina Kubitschek, que também o acompanhou. “Se fôssemos fazer Brasília hoje em dia, demoraríamos 300 anos”, comentou Klaus Iohannis. Depois colocar flores na câmara ardente, onde ficam os restos mortais de JK, e de assinar o livro de visitantes ilustres, ele recebeu uma lembrança reservada às autoridades. 

 

Segundo André Kubitschek, a visita valorizou o maior museu particular da capital. “O primeiro compromisso do presidente Iohannis ao chegar em Brasília foi a visita ao Memorial, o que é uma homenagem tocante que a Romênia fez ao fundador da cidade, ao Brasil e a Brasília, na semana do aniversário da cidade. Foi uma visita bem positiva, em todos os sentidos”, avaliou.

 

Paulo Octávio, Klaus Iohannis e André Kubitschek, na visita ao Memorial JK. Foto: Rayra Paiva/Divulgação
 

 

Para Paulo Octávio, também vice-presidente do Memorial JK, a presença do presidente da Romênia tem um legado importante. “Acho que todo presidente que vem ao Memorial sente a importância que é ocupar este cargo e o que tem de deixar um legado para as futuras gerações. O que se vê no Memorial é um presidente que, em cinco anos, deixou um legado para história, um legado de democracia, de boa governança e de realizações”, afirmou. 

 

Almoço com Lula

 

Após a visita ao Memorial JK, o presidente da Romênia seguiu para um almoço com o presidente Lula, no Palácio Itamaraty. Eles discutiram a revitalização das relações bilaterais. Segundo Lula, há potencial para ampliar os fluxos de comércio e investimentos em áreas diversas, como agricultura e produtos de defesa.

 

“O Brasil é o maior fornecedor não europeu de alimentos para Romênia, que, por sua vez, tem destacado desempenho na agricultura da Europa. São promissoras as possibilidade de intercâmbio entre a Embrapa e a Academia de Ciências Agrícolas e Florestais da Romênia”, disse o presidente brasileiro.

 

Na área de defesa, há possibilidades reais de cooperação científica e tecnológica e oportunidades de negócios entre a Embraer e empresas só setor aeroespacial romeno. “No momento em que o protecionismo ressurge e ganha força no mundo, podemos impulsionar alternativas que assegurem prosperidade compartilhada”, destacou o presidente Lula.

 

O presidente Lula manifestou ainda o interesse na conclusão do acordo Mercosul-União Europeia. “Que seja equilibrado e capaz de apoiar o projeto de reindustrialização e desenvolvimento do País”, disse. Aprovado em 2019, após 20 anos de negociações, o acordo precisa ser ratificado pelos parlamentos de todos os países dos dois blocos para entrar em vigor. Uma tramitação que envolve 31 países.

 

Em 2022, a corrente de comércio entre o Brasil e a Romênia totalizou US$ 746,9 milhões, aumento de 18,1% em comparação a 2021, com superávit brasileiro de US$ 57,7 milhões. Neste ano, as relações diplomáticas entre os dois países completa 95 anos. (com Agência Brasil)