O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, deputado distrital Chico Vigilante (PT), adiantou, nesta quarta-feira (15), que vai convocar, mais uma vez, o ex-secretário de Segurança Anderson Torres para prestar depoimento.
Mais cedo, a defesa do delegado federal, que está preso desde que retornou de uma viagem aos Estados Unidos, informou à comissão que Torres não deve comparecer na nova data negociada com os deputados distritais.
“Vamos aprovar uma nova convocação e acionar novamente o ministro Alexandre de Moraes até que o ex-secretário resolva falar. O que será que a defesa dele [Anderson Torres] tem tanto a esconder?”, disse Chico Vigilante.
A estratégia da defesa está respaldada em decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou o depoimento, desde que houvesse prévia concordância da testemunha e que o ex-secretário tivesse garantido o direito de permanecer em silêncio.
À CPI, os advogados informaram que, ainda na primeira convocação, Anderson Torres teria receio de ser exposto publicamente como detento, sendo conduzido para a Câmara Legislativa por escolta policial.
Por isso, a CPI chegou a autorizar uma reunião fechada da CPI, que o ex-secretário pudesse estar sem algemas, com roupa social e sem que os policiais estivessem identificados. Mesmo assim, no novo comunicado, os advogados negaram a investida da comissão.