GPS Brasília comscore

Presidente da Comissão de Orçamento defende reforma tributária no DF

Em entrevista ao GPS, deputado distrital Eduardo Pedrosa avaliou como justa a reivindicação de melhorias salariais para os professores, que aprovaram greve a partir de maio

Compartilhe:

Presidente da Comissão de Economia, Orçamento e Finanças da Câmara Legislativa (CLDF), o deputado distrital Eduardo Pedrosa (União Brasil) defendeu que haja, na esteira do debate nacional, uma reforma tributária exclusiva para aliviar o bolso do contribuinte brasiliense

 

Durante entrevista, o parlamentar adiantou que há a discussão de se criar uma subcomissão ou mesmo uma frente parlamentar específica para colher propostas ou analisar sugestões de autoria do Governo do Distrito Federal (GDF). 

 

Eu acredito que a Câmara Legislativa possa ser um lugar onde a gente consiga trazer as pessoas, os mais diversos setores, ouvi-los e, a partir das ideias ouvidas, das dificuldades que a gente sentir, buscar propor legislações para que a gente consiga aumentar o movimento tributário. O que não podemos mais é ver o Ditrito Federal, por exemplo, perder um empresário para a fronteira com Goiás, porque não quer pagar um tributo mais caro aqui“, disse. 

 

Segundo Pedrosa, a ideia é ampliar o debate, para que não beneficie apenas o empresariado local, mas que o contribuinte possa sentir no bolso a redução de impostos, o que pode ajudar no aumento da arrecadação. 

 

A ideia é que a gente consiga trabalhar para reduzir os tributos, tanto de circulação de mercadoria ou mesmo o IPTU, IPVA, que são tributos ligados diretamente ao bolso do consumidor. Naturalmente, quando se discute alteração no ICMS, a gente está discutindo a redução do custo da produção e do transporte. E, com isso, a gente vai conseguir impactar o valor desses produtos nas gôndolas do supermercado ou em algum lugar onde a pessoa vai fazer a compra”, continuou

 

Veja a entrevista na íntegra:

 

 

Greve dos professores

 

O deputado Eduardo Pedrosa também explicou que o aumento aprovado pelo GDF para todos os servidores foi linear, para que todos pudessem ser contemplados “dentro de uma conta que ele imaginava que cabia“. 

 

Eu acredito que professores, que tem determinadas categorias que tiveram reajustes menores nos últimos anos merecem a compensação e um reajuste maior. Agora, isso tem que ser uma coisa que o governo consiga construir, tanto em diálogo com essas categorias, como também dentro da conta que cabe para que ele possa ficar dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), honrar os compromissos, porque não adianta nada o governo se comprometer e depois não conseguir cumprir. Mas eu acho que os professores merecem um reajuste que seja considerável, porque é uma profissão que merece toda a valorização. Espero que o governo, os sindicatos e os profissionais entrem num consenso que eu acredito que eles realmente merecem“, argumentou. 

 

Sobre o ingresso na base de apoio do governador Ibaneis Rocha, o parlamentar explicou que continua crítico a propostas que não sejam benéficas para a população. 

Eu sempre tive uma posição de defender o que certo, quando é certo, e de criticar o que é errado, quando é errado. Isso eu não vou mudar. A gente vai aprendendo com o tempo, na política, a tentar construir coisas. Neste mandato, eu tenho tentado ter uma participação mais propositiva. Hoje, eu tenho um relacionamento um pouco mais próximo com o governo, então quando eu vejo que o governo que apresentar um projeto, por exemplo, que não vai atender a comunidade, eu vou lá e levo uma sugestão de alteração do projeto ou propor uma solução que atenda os interesses do governo e da comunidade“, disse.