Às vésperas do julgamento, a maioria dos réus envolvidos no que ficou conhecido como o núcleo central da conspiração golpista decidiu não comparecer pessoalmente ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde será decidido o destino de sua acusação.
Os acusados serão representados por seus advogados, uma vez que não há exigência de presença física durante a análise da ação penal. De acordo com a defesa, os réus devem acompanhar o processo pela televisão.
O ex-presidente Jair Bolsonaro, por sua vez, ainda é um ponto de dúvida. Isso se deve ao fato de que ele está em prisão domiciliar, após descumprir algumas das restrições impostas pelo STF, como a proibição de utilizar redes sociais. Caso deseje estar presente, Bolsonaro precisará pedir autorização ao ministro Alexandre de Moraes.
Nos bastidores, a recomendação dos advogados do ex-presidente seria de que ele não comparecesse, mas alguns de seus aliados defendem que sua ida ao STF poderia ser uma maneira de mostrar força política.
Inicialmente, Bolsonaro havia indicado que não estaria presente no início do julgamento, mas, em ocasiões anteriores, ele compareceu a sessões no Supremo, como quando participou do interrogatório conduzido por Moraes, em junho, sobre as acusações da Procuradoria-Geral da República (PGR).
O general Braga Netto, que está preso no Rio de Janeiro por tentativa de interferir nas investigações, deverá assistir ao julgamento de sua cela, pela televisão.