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Prejudicado pela arbitragem, Vasco fica no 2 x 2 com o Bangu no Mané Garrincha

A torcida vascaína de Brasília compareceu em peso ao Estádio Mané Garrincha. Esperava ver em ação o goleador Vegetti e o craque francês Payet, que marcou um golaço. Mas assistiu mesmo a um espetáculo de, no mínimo, incompetência do árbitro Tarcizo Pinheiro Caetano. Sua atuação foi tão ruim e tendenciosa que, após o jogo, o Vasco pediu que ele nunca mais seja escalado em jogos do time, como revela a nota publicada nas redes sociais do clube.

 

O Vasco tem razão em reclamar. Com um time muito superior à frágil equipe do Bangu, que ainda não pontuara até o começo do jogo válido pela quarta rodada do Campeonato Carioca, neste domingo (28), o cruz-maltino começou bem a partida, mas logo aos 4 minutos de jogo viu o árbitro começar o festival de decisões erradas. O volante Jair disputou uma bola com Walney na entrada da área banguense. Chegou primeiro no carrinho, mas o árbitro deu falta e expulsou o vascaíno. O lance revoltou todo o estádio.  

Para se ter uma ideia da falta de critério do árbitro – ou soprador de apito, como diria o antigo comentarista Mario Vianna -, o atacante Gabriel Canela fez uma falta semelhante em Erick Marcus, do Vasco, aos 44 minutos do primeiro tempo, e ainda pisou no pé do adversário. Levou cartão amarelo e olhe lá. Curiosamente, o mesmo jogador assinalou o primeiro gol do Bangu, na segunda etapa.

A expulsão de Jair abateu o Vasco, que ficou com o mesmo time até pouco antes da parada técnica, quando o volante Zé Gabriel entrou no lugar do atacante David. Bem postado e diante de um adversário pouco interessado em atacar até então, o Vasco controlou o restante da primeira etapa, mesmo perdendo Paulinho após falta dura de Gabriel Canela – Praxedes entrou no lugar do meia cruz-maltino, aos 28. 

Enquanto isso, o árbitro seguia distribuindo cartões amarelos – além do já citado Gabriel Canela, foram advertidos Adsson, Felipe Soares e Bruno Tatavitto pelo Bangu e João Victor, pelo Vasco.  Até os 50 minutos, muito pouco foi produzido em termos ofensivos pelos dois clubes, e o placar de 0 x 0 pareceu justo, embora ligado às lambanças da arbitragem.

No intervalo, o técnico vascaíno, Ramón Diaz, trocou Erick Marcus por Rayan e Roberto Rojas por Puma Rodríguez, o que puxou o time, mesmo com dez, para frente. Logo aos dois minutos, Payet recebeu pelo meio, escapou de uma falta, arrancou em direção à área e rolou para Lucas Piton na área. O lateral-esquerdo cruzou na na medida para Praxedes, que só teve o trabalho de empurrar a bola para o gol, fazendo Vasco 1 x 0.

Sete minutos depois, o time de São Januário quase fez o 2 x 0, quando Lucas Piton cruzou na cabeça de João Victor, que mandou a bola no travessão. No rebote, Vegetti tentou novamente de cabeça, mas Gabriel Leite salvou. O Vasco dominava a partida, mas o Bangu empatou em uma falha de Léo Jardim. Aos 24 minutos, Gabriel Canela recebeu uma bola pela esquerda, entrou pela lateral da área e arriscou o chute. A bola passou por baixo dos braços do goleiro e entrou, no primeiro gol do time da Zona Oeste no Carioca.

O empate animou a equipe, que quase virou aos 28, em chute de Cleyton, rente à trave, e aos 33, quando Gabryel Freitas mandou no travessão. A reação parou no minuto seguinte. Felipe Soares fez falta até certo ponto normal em Vagetti e levou o segundo cartão amarelo e o vermelho em seguida, deixando as duas equipes com dez.

O Vasco se animou, adiantou seus jogadores e começou a rondar o gol do adversário. Aos 38, Lucas Piton centrou para Rayan, que deu um leve desvio na bola. Com o gol à feição, o atacante argentino Pablo Vegetti perdeu uma chance incrível, na pequena área, mandando a bola por cima. Com a partida aberta, o Bangu quase empatou aos 40, quando Cleyton bateu de fora da área, mas parou em Léo Jardim.

No final, mais emoções e novas lambanças do árbitro Tarcizo Pinheiro Caetano. Ele deu oito minutos de acréscimos e, aos 53 cravados, o francês Payet fez grande jogada, com força e habilidade, passando por dos defensores e batendo forte, para defesa de Gabriel Leite. No rebote, o camisa 10 dominou, deixou Wlaney no chão e chutou. A bola tocou a trave e entrou, em um golaço. Payet ainda recebeu cartão amarelo por tirar a camisa na comemoração.

Deveria ser o fim do jogo, mas sabe-se lá o porquê, o árbitro inventou mais dois minutos adicionais. O Bangu jogou uma bola na área e o juiz marcou pênalti em um contato normal de jogo de Gary Medel em Gabryel Freitas. João Maranhão cobrou forte, no alto, sem defesa para Léo Jardim, aos 58, empatando a partida. No último lance, aos 60, Vegetti deixou Rayan livre, que chutou, mas Gabriel Leite tirou com o pé.

Com o resultado, o Vasco segue invicto, com oito pontos, atrás do líder Fluminense, com dez, e do Botafogo, que tem nove. O Bangu conquistou seu primeiro ponto e saltou para a 10ª colocação da tabela de classificação. Na próxima quarta-feira (31), o Vasco volta a campo diante do Nova Iguaçu, a partir das 18h10, no estádio Parque do Sabiá, em Uberlândia. Por isso, permanece treinando em Brasília na segunda e na terça-feira. Na quinta-feira, o Bangu encara o Fluminense, às 21h30, no Estádio Luso-Brasileiro, na ILha do Governador.

BANGU 2 x 2 VASCO

BANGU – Gabriel Leite; Gabriel Saulo, Felipe Soares, Victor Oliveira e Erick Daltro; Adsson, Walney, Cleyton (Lorran) e Bruno Tatavitto (Gabryel Freitas); Gabriel Canela (Marreta) e Anderson Lessa (João Victor). Técnico: França Júnior.

VASCO – Léo Jardim; Robert Rojas (Puma Rodríguez), João Victor, Medel e Lucas Piton; Jair, Paulinho (Praxedes, depois Rossi) e Payet; David (Zé Gabriel), Erick Marcus (Rayan) e Vegetti. Técnico: Ramón Díaz.

GOLS – Praxedes, aos 2, Gabriel Canela, aos 24, Payet, aos 53, e João Maranhão, aos 58 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO – Tarcizo Pinheiro Caetano.

CARTÕES AMARELOS – Adsson, Felipe Soares, Bruno Tatavitto, Gabriel Canela, Victor Oliveira, Walney (Bangu); João Victor, Vegetti, Praxedes, Payet, Medel (Vasco).

CARTÕES VERMELHOS – Felipe Soares (Bangu) e Jair (Vasco).

PÚBLICO E RENDA – Não disponíveis.

LOCAL – Estádio Mané Garrincha, em Brasília.

Jorge Eduardo Antunes

É jornalista com uma carreira de mais de 34 anos, já tendo trabalhado em diversas redações, assessorias e também no rádio. Atua como editor e publisher do GPS.

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