Um pedido de impeachment contra o prefeito Sebastião Melo (MDB), de Porto Alegre (RS), foi oficialmente apresentado na Câmara dos Vereadores do município, na quinta-feira (23), mas divulgado apenas recentemente.
A ação ocorre em meio às adversidades enfrentadas pelo Rio Grande do Sul, que contabiliza centenas de mortos e inúmeros desabrigados durante as enchentes na região.
O secretário-geral da União das Associações de Moradores de Porto Alegre (Uampa), Brunno Mattos da Silva, motivado pela alegada “negligência” nas estações de bombeamento e no sistema de drenagem da cidade, foi o responsável por encaminhar o pedido. Segundo ele, apenas 10 das 23 estações encarregadas de drenar a água das chuvas estavam operando na capital gaúcha até então.
Com base em documentação que apontava alertas transmitidos à prefeitura em 2018 sobre o risco iminente de colapso no sistema de drenagem de água de Porto Alegre, o requerente, também integrante da Juventude do Partido dos Trabalhadores (PT) local, fundamentou a solicitação de impeachment. Na época das advertências, a gestão municipal estava sob responsabilidade de Nelson Marchezan (PSDB).
Como defesa das acusações, o prefeito Melo criticou a suposta “motivação eleitoral” por trás do pedido de impeachment e a classificou como uma mera “narrativa” para as eleições municipais de outubro.
“Não vou entrar nessa narrativa de eleições. Eu tenho uma boa relação com o ministro Paulo Pimenta, mas o time dele daqui faz o contrário. Eu não vou entrar neste processo. Eu vou informar a sociedade sobre o que está acontecendo”, desconversou durante entrevista à rádio Guaíba.