Redação GPS Muitas pessoas me perguntam a respeito das semelhanças entre as práticas, mas a resposta é não e eu explico o porquê. **_Mindfulness_** é um termo em inglês que foi traduzido para o português como “atenção plena” ou “plena atenção” ou ainda “consciência plena”. Alguns dizem que se origina da palavra **SATI** da língua pali (uma língua antiga, da época de Buda), mas podemos compreender Mindfulness como um termo “guarda-chuva” que abarca vários conceitos.
Mindfulness pode se referir a uma **capacidade** humana de estar **plenamente atento**/presente/consciente ou a práticas meditativas baseadas na atenção plena – como por exemplo as práticas budistas, assim como a um estado ou traço psicológico de estar plenamente atento e presente ou, ainda, a um **modo de ser**.
A atenção plena é um tipo de atenção não julgadora que nos permite estar
realmente presente, **sintonizados no momento** com a mente curiosa, aberta e receptiva, como se fosse sempre a primeira vez – e é! (com a prática
aprendemos a perceber que cada momento é único).
Quando fazemos algo de que gostamos muito, como um _hobby_ ou esporte favorito, geralmente estamos ”praticando” Mindfulness informalmente. Quando intencionalmente reservamos um tempo para sentar e prestar atenção na respiração ou nas sensações do corpo momento a momento, – por exemplo, dizemos que estamos dedicados a uma prática formal de Mindfulness, o que muitos chamam de **meditação**.
Meditação é um termo mais genérico que se refere a **diferentes contextos**. Algumas práticas envolvem entoação de mantras, outras visualizações ou repetições de orações ou movimentos. A meditação está presente em várias culturas, religiões, tradições e a prática meditativa da atenção plena é uma possibilidade dentro desse universo.
Mindfulness, como conhecemos hoje no ocidente, foi concebido no final dos anos 70, por **Jon Kabat-Zinn**, um pesquisador da **Universidade de
Massachusetts**, nos EUA. O marco inicial foi criação do MBSR – programa
baseado em Mindfulness para redução de estresse – a partir da união de conhecimentos das tradições orientais (budismo, yoga, entre outros) com o
conhecimento e método científico (psicologia, pedagogia e neurociência).
Pode-se dizer que a origem repousa nos ensinamentos budistas e orientais,
mas atualmente, no ocidente, se espalhou como uma prática ou protocolos
embasados na ciência, apresentados numa linguagem e pedagogia não
religiosa e adaptados a diferentes contextos: autoconhecimento, saúde,
escola e organizações.
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