Prata com ouro? Confira as dicas de designers para combinar as joias

Combinar joias de diferentes tonalidades e materiais é um assunto controverso que ganhou espaço nas redes sociais, recentemente, após a blogueira Bianca Andrade, mais conhecida como Boca Rosa, viralizar ao falar que não gosta de tais combinações. Mas, afinal, é cafona? Elegante? Pode ou não pode? Para não ficar nenhuma dúvida pairando no ar, o GPS entrevistou duas designers para deixar clara essa situação.

 

Começando por Juliana Lobão, proprietária de uma joalheria autoral sediada em Brasília, não existe regra. “Misturar tons de metal é uma questão que leva em consideração, primeiramente, o gosto pessoal ou a imagem que você deseja transmitir. Quanto mais você conhecer sobre seu estilo pessoal, mais segura você estará ao fazer a escolha dos seus acessórios e de seus tons ”, pontua.  

 

 

Segundo ela, a combinação entre prata e dourado funciona muito bem. “São tons que casam entre si. Porém, ao usar os metais misturados você passará uma imagem mais descolada, moderna, muito embora, a depender de suas escolhas, pode perfeitamente manter a elegância. Ao usar acessórios apenas no tom dourado, você passará uma imagem de maior sofisticação, poder e luxo”, deixa claro.

 

Juliana ressalta que, para usar acessórios apenas no tom prata, é necessário ter atenção redobrada com a qualidade do material, pois dependendo do estilo pode trazer uma imagem de pouco refinamento e extremamente informal. “Contudo, acessórios prata mais poderosos como joias de prata, trazem uma imagem cool e , ao mesmo tempo, despretensiosa. Portanto, minha dica ao fazer essas escolhas de tons de metal é que você, primeiro, analise o que pede o ambiente, sempre tendo em mente a imagem que você deseja transmitir, pois a moda é uma linguagem de expressão pessoal”, orienta.

 

De acordo com Juliana, a Cartier é uma marca que trabalha muito bem com a mistura de ouro branco, amarelo e rosê. Hoje essa escolha não está tanto em alta, porém, sempre será um clássico da joalheria representado, especialmente, pela aliança Trinity da Cartier.

 

 

Quanto à combinação de pedras, a dica é utilizar o famigerado círculo cromático. “O mesmo pensamento que temos para roupas funciona para cores de pedras em joias. Em resumo combinam: cores opostas, complementares, análogas e triádicas. Mas apenas isso não basta, é importante ter em mente a intensidade das cores. Por exemplo, um brinco com pedras nos tons `candy colors com um colar com safiras e esmeraldas com muita intensidade nas cores não irá ornar. Mesmo que o brinco seja com pedras nos tons azuis e verdes, se forem muito clarinhas, vão brigar com as cores intensas das safiras e esmeraldas do colar”, explica.

 

Com relação às últimas tendências, Juliana lembra que as pérolas estão marcando presença nos desfiles e exposições, especialmente a do MET sobre Karl Lagerfeld. “É uma tendência que esteve forte há uns poucos anos e que agora parece voltar com tudo novamente. Ouro amarelo, brincos assimétricos e joias coloridas, seja com o inovador trabalho de coloração HyCeram, seja com pedras coloridas, também estão em alta e parecem que permanecerão. Já para alianças, a grande tendência agora são as fininhas arredondadas que tanto se usou nos anos 80. E os solitários “past, presente, future”, com 3 pedras são o grande desejo das futuras noivinhas”, conta.

 

Agora, confira as imagens com duas opções selecionadas pela designer Weni Maranhão e enviadas ao GPS. Para ela, o mix de ouro é uma tendência que sempre esteve na moda e nunca vai sair. “É uma mistura que pode ficar sofisticada, descolada e dar um up no look. As combinações podem ser de peças iguais com banhos diferentes”. Confira abaixo: