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Poupança tem retirada líquida recorde de R$ 11,01 bi em outubro

Mesmo voltando a render mais que a inflação, a aplicação financeira mais tradicional dos brasileiros continua enfrentando a **fuga de recursos**. Em outubro, os investidores sacaram R$ 11,01 bilhões a mais do que depositaram na **caderneta de poupança**, informou o Banco Central (BC). **A retirada líquida (saques menos depósitos) é a maior para o mês desde o início da série histórica em 1995**.

Com o desempenho de outubro, a poupança acumula retirada líquida de R$ 102,08 bilhões nos dez primeiros meses do ano. Essa também é a **maior retirada acumulada para o período** desde 1995.

Em 2022, **a caderneta registrou captação líquida (mais depósitos que saques) apenas em abril**, quando o fluxo ficou positivo em R$ 3,51 bilhões. Nos demais meses, as retiradas superaram os depósitos, num cenário de inflação e endividamento altos. Os rendimentos voltaram a ganhar da inflação por causa dos aumentos da taxa Selic (juros básicos da economia), mas outras aplicações de renda fixa são mais atraentes que a poupança.

Em 2020, a poupança tinha registrado captação líquida (depósitos menos saques) recorde de R$ 166,31 bilhões. Contribuíram para o resultado a instabilidade no mercado de títulos públicos no início da **pandemia** de covid-19 e o pagamento do auxílio emergencial, depositado em contas poupança digitais da **Caixa Econômica Federal**.

No ano passado, a poupança tinha registrado retirada líquida de R$ 35,5 bilhões. A aplicação foi pressionada pelo fim do **auxílio emergencial**, pelos rendimentos baixos e pelo **endividamento maior** dos brasileiros.

A retirada líquida – diferença entre saques e depósitos – só não foi maior que a registrada em 2015 (R$ 53,57 bilhões) e em 2016 (R$ 40,7 bilhões). Naqueles anos, a **forte crise econômica** levou os brasileiros a sacarem recursos da aplicação.

**Rendimento**

Até recentemente, a poupança rendia 70% da Taxa Selic (juros básicos da economia). **Desde dezembro do ano passado, a aplicação passou a render o equivalente à taxa referencial (TR) mais 6,17% ao ano, porque a Selic voltou a ficar acima de 8,5% ao ano**.

Atualmente, os juros básicos estão em 13,75% ao ano, o que fez a aplicação financeira deixar de perder para a **inflação** pela primeira vez em dois anos.

**Nos 12 meses terminados em outubro, a aplicação rendeu 7,44%**, segundo o Banco Central. No mesmo período, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor-15 (IPCA-15), que funciona como prévia da inflação oficial, atingiu 6,85%. O IPCA cheio de outubro será divulgado no próximo dia 10 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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