Os agentes Gustavo Gonçalves Suppa e Victor Baracho Alves, protagonistas da violenta abordagem ao publicitário Diego Torres Machado de Campos, foram afastados das atividades na Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA). A ação ocorreu na frente do filho de Diego, um menino de cinco anos, deixado em seguida com estranhos na 112 Norte, local do incidente. Mais cedo, a governadora em exercício do DF, Celina Leão (PP), repudiou a truculência protagonizada pelos policiais civis.
A abordagem ocorreu após um acidente de trânsito, sem gravidade. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) divulgou nota afirmando que “foram adotadas de forma imediata todas as providências legais e administrativas cabíveis”, com a instauração de inquérito policial e procedimento administrativo disciplinar.
Os policiais envolvidos foram afastados das atividades operacionais e realocados em funções administrativas. (…) Condutas incompatíveis com os valores institucionais serão responsabilizadas nos termos da lei”, completa a instituição.
Nota do Sinpol-DF
Já o Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) também emitiu uma nota sobre o episódio. “O Sinpol-DF destaca que está acompanhando de perto o andamento das apurações, com atenção ao cumprimento do devido processo legal e à garantia plena dos direitos dos policiais civis envolvidos”, afirma, destacando que a investigação compete à Polícia Civil do DF. “O sindicato confia na condução isenta, técnica e responsável das instituições encarregadas de esclarecer todos os fatos”, completa.
É fundamental que a análise dos acontecimentos leve em conta a totalidade das circunstâncias, inclusive os depoimentos e registros oficiais, e não se limite a recortes de vídeos ou interpretações parciais divulgadas até o momento. A precipitação em julgamentos pode distorcer a verdade e comprometer a integridade dos profissionais que atuaram na ocorrência”, diz a nota.
O Sinpol-DF destaca que Diego teria fugido e desobedeceu à ordem de parada, batendo em uma viatura. “Com isso, colocou em risco a própria integridade, a do filho e a de outros motoristas. Quando finalmente abordado, ainda resistiu à ordem de prisão”, afirma a entidade, dizendo entender que a conduta dos policiais civis seguiu os protocolos operacionais estabelecidos pela corporação.