A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta terça-feira (11), a operação Dissímulo, que investiga um grupo criminoso suspeito de fraudar licitações na terceirização de serviços. A ação conta com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Receita Federal.
Ao todo, os agentes cumprem 26 mandados de busca e apreensão em endereços localizados no Distrito Federal.
Fraude em contratos públicos
A investigação teve início em 2024, após a CGU identificar possíveis irregularidades na gestão contratual da empresa R7 Facilities – Manutenção e Serviços LTDA na Penitenciária Federal de Mossoró (RN). O grupo é suspeito de manipular concorrências públicas por meio de declarações falsas, utilizando empresas interligadas por vínculos societários, familiares e trabalhistas para obter vantagens indevidas em licitações.
De acordo com a PF, também foram identificados indícios do uso de “laranjas” para ocultar os verdadeiros proprietários das empresas envolvidas. O esquema criminoso mantinha dezenas de contratos com a Administração Pública, incluindo um firmado com a própria Polícia Federal, que se tornou alvo da investigação.
As irregularidades podem configurar crimes como frustração do caráter competitivo de licitação, falsidade ideológica, uso de documento falso e estelionato contra a administração pública.
Com a deflagração da operação, a PF está adotando as medidas necessárias para evitar prejuízos à continuidade dos serviços prestados.