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PM começa obras da sede do seu Centro de Atendimento Psicológico e Social

Prédio antigo, com mais de 40 anos de uso, teve de ser demolido para dar lugar a instalações mais modernas

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O Centro de Atendimento Psicológico e Social (Caps) da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) terá uma nova sede. Em construção no Setor Policial Sul, um prédio de 2.900 m² vai acomodar a unidade da corporação responsável por prestar assistência gratuita à saúde mental dos policiais militares e seus dependentes. A obra foi iniciada no último dia 24 e está estimada em R$ 13.550.582,94, proveniente de financiamento com o Banco do Brasil.

 

O antigo edifício do Caps ocupava o mesmo terreno onde hoje é erguida a nova sede. Com mais de 40 anos de uso, porém, a estrutura do prédio estava comprometida. “Foi preciso demolir, não dava para reformar. A construção atual será mais moderna, cercada de muito verde, com espaço para atividades ao ar livre”, afirma a major da PMDF Ana Koffler. Enquanto não fica pronta, o efetivo do Caps está alojado no Centro Médico da PMDF.

 

Segundo a major Ana Koffler, policiais militares com a saúde mental em dia atuam melhor. Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
Segundo a major Ana Koffler, é indispensável que os PMs estejam com a saúde mental em dia. Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

 

A nova sede terá dois pavimentos, com 15 consultórios, sete salas de terapia, sala de enfermagem, sala de intervenção e crise, e farmácia. “A ideia da PMDF é fortalecer a oferta de serviços com efetivo próprio, para que a rede credenciada seja cada vez menos usada. Os profissionais da corporação conhecem de perto as peculiaridades da carreira, a rotina do policial militar, os fatores estressores a que ele está submetido e, por isso, podemos fornecer um serviço mais especializado”, ressalta.

 

De acordo com o soldado Leonardo Campos, engenheiro civil responsável pela obra, a construção está na fase da fundação. “Estamos escavando, injetando o concreto e instalando as armações que irão sustentar o prédio. Finalizada esta etapa, vamos partir para a fase de locação”, diz. Cerca de 20 profissionais estão envolvidos no serviço.

 

Saúde mental em risco

Em janeiro deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei nº 14.531/2023, que trata de ações relativas à prevenção de suicídio e automutilação de profissionais de segurança pública. Entre as estratégias primárias estão o estímulo ao convívio social, programas de conscientização, ciclos de palestras e campanhas, e capacitação para identificação de casos de risco.

 

Mas por que a saúde mental dos policiais militares é alvo de tantos cuidados? O estresse, o medo de perder a própria vida e a violência inerentes à atividade policial colocam esses profissionais em lugar de vulnerabilidade. Por mês, uma média de 1.690 beneficiários são atendidos pelo Caps, número que reflete bem a importância da unidade na promoção de assistência psicológica e psiquiátrica, com abordagens terapêuticas, holísticas e socioeducativas.

 

“Estamos falando de um profissional que anda armado, que precisa estar com o nível de vigilância sempre alto. Um indivíduo que precisa ter muito discernimento, além de saber lidar com as pessoas em situação de vulnerabilidade. Um policial militar bem preparado, com a saúde mental em dia, consegue cumprir da melhor forma o seu papel de manter a ordem”, frisa.

 

Para resguardar o bem-estar emocional dos policiais militares, o Caps oferece uma série de serviços que vão desde bate-papos organizados semanalmente até acompanhamento psicológico ou psiquiátrico. Veja no quadro abaixo cada uma das atividades desenvolvidas pelo centro.

 

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Fonte: Agência Brasília