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Planalto recua e propõe reajuste em duas parcelas para integrantes da SSP

Com o aumento da pressão para que o governo federal cumpra o acordo firmado ainda no Congresso Nacional, o Palácio do Planalto recuou e refez a proposta para o reajuste das forças de segurança do Distrito Federal: dividir o benefício em duas parcelas, a serem pagas ainda neste ano. 

 

Até então, a ideia era parcelar em três anos o aumento salarial. Embora não seja o combinado inicialmente, a sugestão foi avaliada como sendo melhor que a primeira.

 

Foi uma reunião dura, mas avançou bastante se considerar a última reunião, quandoo governo queria parcelar em três vezes ao longo de três anos. Realmente não era o que se esperava, não foi o acordado e encaminhado pelo Distrito Federal, mas diante do que se apresentou, conforme as coisas evoluíram, foi o quadro possível”, disse o presidente da Câmara Legislativa, Wellington Luiz (MDB), que é oriundo da Polícia Civil. 

Chefe de gabinete da Presidência da CLDF, André Rizzo, que também é policial civil e ex-sindicalista, detalhou o novo acordo ao GPS. 

“Pessoal bateu pesado, pressionou ao máximo, então a proposta final ficou em duas parcelas: uma agora, no meio do ano, e a outra no final“, explicou. 

 

Para a Polícia Civil, por exemplo, os integrantes da classe especial devem receber, no novo acordo, a recomposição de 24%. Aos demais, 18%, ambos divididos em duas vezes.

 

Diante do quadro e do cenário que se apresentou, a gente evoluiu e é uma grande vitória, na minha percepção. Assim, o Wellington [Luiz, presidente da CLDF], desde o princípio, encabeçou e teve a frente dessas negociações, contando com o apoio dos demais parlamentares da bancada e de forma unânime aqui na Câmara Legislativa, no Congresso Nacional, enfim com tantos atores aí que que participaram dessa luta“, emendou. 

 

Segundo Rizzo, a proposta será levada para as categorias, que tomarão a decisão final durante assembleias específicas.  “Mas eu não tenho dúvida que a gente sai muito maior do que entrou nessa discussão“.

 

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Para a presidente do Sindicato dos Delegados (Sindepo), Cláudia Alcântara, agradeceu o empenho dos congressistas do DF na defesa da pauta, mas ponderou que quaisquer avaliações só poderão ser confirmadas após a assembleia da categoria, marcada para essa quarta-feira (14), às 14h30.

 

Nós entendemos que, hoje, é uma proposta que pode ser levada à categoria, mas quem vai decidir realmente é a assembleia. Somente após isso, nós vamos saber se realmente os delegados de polícia aceitam este acordo. Então, até lá, eu não posso adiantar, porque a decisão da assembleia é soberana e é a assembleia que decide os rumos daqui para frente“, disse.

 

 

Bancada do DF

 

Após a reunião com integrantes do Ministério da Gestão, os parlamentares da bancada do DF no Congresso se manifestaram. O senador Izalci (PSDB), por exemplo, criticou a mudança de planos do governo em não cumprir o pagamento integral, em apenas uma parcela, já que existe previsão de orçamento no Fundo Constitucional (FCDF).

 

O acordo não foi esse. Vou apresentar na Comissão Mista do Orçamento no Congresso Nacional a emenda e o destaque para o cumprimento total do acordo. Agora, a decisão de vocês [das categorias] é soberana. Separa vocês, da Polícia Civil, Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros fecharem questão de que está ótimo, que está boa a proposta, não sou eu que vou complicar. Eu estou aqui para ajudar“, disse.

 

Já a senadora Leila Barros (PDT) avaliou como “produtivo” o encontro e que houve avanços. 

 

Esse debate já dura quase uma década. Alguns governos passaram e nem procuraram resolver essa situação. E hoje, depois de uma longa caminhada, temos de fato uma proposta interessante para as nossas forças de segurança e também para o Governo Federal”, destacou a senadora.

 

 

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