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PL elege o maior número de parlamentares na Câmara e no Senado

Veja como ficaram as composições das bancadas no Congresso

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As eleições deste ano trarão, a partir de 1° de janeiro de 2023, uma **nova configuração de forças na Câmara dos Deputados e no Senado**. O **Partido Liberal (PL)**, do presidente Jair Bolsonaro, saiu fortalecido da disputa com aumento expressivo de cadeiras.

**Dos 513 assentos de deputados, a sigla terá 99**. Já a Federação Brasil da Esperança, da qual fazem parte PT, PCdoB e PV, terá a segunda maior bancada da Câmara dos Deputados, com 80 parlamentares. Em terceiro lugar está o União Brasil, com 59 deputados, seguido do PP, que elegeu 47. O MDB e PSD garantiram 42 deputados, cada, e o Republicanos, 41.

Ainda na Câmara, o desempenho de **partidos tradicionais** como o PSDB – federado com o Cidadania – foi modesto com a conquista de 18 cadeiras. Também com desempenho tímido, PDT e PSB, elegeram, respectivamente, 17 e 14 deputados no pleito.

**Senado**
Assim como na Câmara, no Senado **o PL desbancou o MDB** que há mais de três décadas era o maior partido da Casa e foi o maior vitorioso nas urnas. Dos 27 senadores eleitos, o PL elegeu oito, o dobro dos eleitos pelo PT, de Luiz Inácio Lula da Silva, que emplacou quatro.

Com esse resultado, o **partido de Bolsonaro** começará a próxima legislatura, caso não haja mudanças, com 14 senadores.

**Outros partidos**
O União Brasil, fundado a partir da junção do Democratas e do Partido Social Liberal (PSL), garantiu cinco assentos no Senado e em 2023 terá 12 senadores. Já os **petistas** terão nove representantes e ficarão atrás do PSD, que terá dez, e do MDB, que perdeu três assentos e também sai do pleito com dez senadores.

Entre os **emedebistas** que disputaram uma vaga na Casa, apenas Renan Filho (MDB), de Alagoas, foi eleito.

Apesar do resultado de domingo, no Senado **a situação ainda está indefinida para cinco senadores que disputam o segundo turno de governos estaduais**. É o caso de Jorginho Mello (PL-SC), Rogério Carvalho (PT-SE), Marcos Rogério (PL-RO), Eduardo Braga (MDB-AM) e Rodrigo Cunha (União-AL). Todos eles têm mandatos na Casa até 2027, por isso, caso não sejam eleitos para o governo, poderão voltar ao Senado.

**Impactos**
O tamanho das bancadas tem impacto direto no funcionamento do Congresso. Isso porque as **presidências das comissões da Câmara e do Senado**, por onde passam as propostas legislativas, são definidas a partir da proporcionalidade partidária.

O mesmo ocorre com as **vagas na Mesa Diretora** das duas Casas. Na prática, os partidos ou blocos que elegem mais nomes também ganham prioridade para ocupar cargos mais importantes.

O desenho da nova composição também influencia na **governabilidade** do próximo presidente da República, que terá que buscar apoio dos partidos para votar reformas e pautas que considerar prioritárias em seu mandato. Outra consequência é vista na divisão dos recursos do **Fundo Partidário**, feita entre os partidos de acordo com a votação para deputado federal.

**Recursos**
Em razão de eventuais recursos decididos pela **Justiça Eleitoral** como ações sobre abuso do poder econômico e político nas eleições, ou se o candidato registrado de fato tem todos os requisitos para exercer o cargo, os resultados finais ainda poderão ser alterados.

**Veja como ficou a composição na Câmara dos Deputados:**

– PL – 99 (_2 do Distrito Federal_)
– Federação Brasil (PT/PV/PCdoB) – 80 (_2 do Distrito Federal_)
– União Brasil – 59
– PP – 47
– MDB – 42 (_1 do Distrito Federal_)
– PSD – 42
– Republicanos – 41 (_3 do Distrito Federal_)
– Federação PSDB/Cidadania – 18
– PDT – 17
– Federação Rede/PSOL – 14
– Podemos – 12
– Outros partidos – 28

**Confira quem são os 27 senadores eleitos:**

– Acre: Alan Rick (União Brasil)
– Alagoas: Renan Filho (MDB)
– Amapá: Davi Alcolumbre (União Brasil)
– Amazonas: Omar Aziz (PSD)
– Bahia: Otto Alencar (PSD)
– Ceará: Camilo Santana (PT)
– **Distrito Federal: Damares Alves (Republicanos)**
– Espírito Santo: Magno Malta (PL)
– Goiás: Wilder Morais (PL)
– Maranhão: Flávio Dino (PSB)
– Mato Grosso: Wellington Fagundes (PL)
– Mato Grosso do Sul: Tereza Cristina (PP)
– Minas Gerais: Cleitinho (PSC)
– Pará: Beto Faro (PT)
– Paraíba: Efraim Filho (União Brasil)
– Paraná: Sergio Moro (União Brasil)
– Piauí: Wellington Dias (PT)
– Pernambuco: Teresa Leitão (PT)
– Rio de Janeiro: Romário (PL)
– Rio Grande do Norte: Rogério Marinho (PL)
– Rio Grande do Sul: Hamilton Mourão (Republicanos)
– Rondônia: Jaime Bagattoli (PL)
– Roraima: Hiran Gonçalves (PP)
– Santa Catarina: Jorge Seif (PL)
– São Paulo: Marcos Pontes (PL)
– Sergipe: Laércio (PP)
– Tocantins: Dorinha (União Brasil)