PL dá liderança a Eduardo Bolsonaro e evita perda de mandato por faltas

Autoexilado nos EUA, deputado é nomeado líder da Minoria e passa a ter ausências abonadas

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Em manobra regimental, a bancada do Partido Liberal (PL) na Câmara dos Deputados oficializou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (SP) como líder da Minoria. Na condição de liderança, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, que está autoexilado nos Estados Unidos, não precisará justificar as faltas nas sessões plenárias da Casa. 

Eduardo assume a liderança no lugar da deputada federal Caroline de Toni (PL-SC), que renunciou ao posto e passará a ocupar a primeira vice-liderança da minoria, podendo assumir a titularidade da Minoria em votações plenárias na ausência do filho 03 do ex-presidente. 

“Gostaria de comunicar a todos a minha renúncia à liderança da minoria da Câmara dos Deputados para transferir essa responsabilidade ao deputado Eduardo Bolsonaro. Tomamos essa decisão convictos de que o Brasil precisa de união e de coragem, especialmente diante das perseguições políticas que tanto o Eduardo quanto seu pai, Jair Messias Bolsonaro, estão sofrendo”, explicou a deputada. 

Mais cedo, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou ter comunicado ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), sobre a dança das cadeiras nas lideranças da oposição. 

Entenda

Eduardo Bolsonaro corria o risco de perder o mandato de deputado federal por excesso de faltas. Ele está nos Estados Unidos desde janeiro, inicialmente para representar seu pai na posse de Donald Trump. Na ocasião, participou de eventos com figuras proeminentes da direita internacional, incluindo Donald Trump Jr. e outros aliados do novo governo republicano.

Posteriormente, o parlamentar decidiu permanecer nos EUA, alegando perseguição por parte do Judiciário brasileiro. Em março, ele se licenciou do mandato de deputado federal e considerou solicitar asilo político ao governo americano. Seu pai, Jair Bolsonaro, expressou apoio à decisão, afirmando que Eduardo seria “muito mais útil fora do Brasil do que aqui dentro”. 

A licença parlamentar de Eduardo chegou ao fim em 20 de julho e, por regra da Câmara dos Deputados, não poderia ser renovada. O afastamento, que começou em março, tinha duração máxima de 120 dias, sem possibilidade de prorrogação. 

Com isso, o deputado federal teve o mandato automaticamente reativado e passou a precisar justificar as ausências nas sessões da Câmara. Pelo regimento interno da Câmara, um parlamentar que faltar a mais de um terço das sessões deliberativas pode ter o mandato declarado vago pela Mesa Diretora.

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