Quantas vezes por semana você utiliza o Pix para realizar seus pagamentos? Seja em lojas, bares ou até mesmo entre amigos, já se tornou regra, e não exceção, a transferência através da ferramenta criada pelo Banco Central em 2020.
Os números são impressionantes e traduzem o sucesso da aposta do Governo Federal, começado a ser gestado ainda durante a presidência de Michel Temer. Segundo o Banco Central, o número de chaves Pix ativas em agosto alcançou 200% o tamanho da população do Brasil, estimada em 214 milhões de pessoas.
O êxito do programa no País está se tornando exemplo para outras nações, que já planejam implementar sistemas parecidos ao brasileiro, como o FedNow, que o Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos, começa a testar neste mês.
O presidente do BC, Roberto Campos Neto, conta que o próprio Pix pode, no futuro, se espalhar pela América Latina, a começar pela Colômbia, que já demonstrou interesse em replicar o projeto brasileiro.
“Estamos fazendo uma parte internacional do Pix. Eu tenho conversado bastante com o banqueiro central da Colômbia, Leonardo Villar, que diz que querem fazer igual”, afirmou Roberto Campos Neto em evento no mês passado.
E os desdobramentos do sucesso do Pix podem ser mundiais: em relatório, o Banco de Compensações Internacionais (BIS), declarou que o Pix é um “exemplo de como os bancos centrais do mundo podem apoiar a interoperabilidade e a concorrência entre sistemas de pagamento internacionais”.
Após a declaração, o banco internacional anunciou o Nexus, novo serviço de realização de transações financeiras instantâneas entre nações que deve, em breve, começar a ser testado. Nos moldes do Pix, o planejamento é que o sistema abranja mais de 60 países.
Hoje, uma grande dificuldade de quem mora fora ou tem parentes no exterior é a transferência de dinheiro, em razão das altas taxas de conversão e horários de funcionamento dos locais que operam o serviço.
