O cenário perfeito. Um romance inesperado. Dois corações palpitando. Começar de novo. Amar e ser amado. Como exprimir esse tal sentimento? Em rimas, desenhos. Sim, o amor pode ser uma obra da arte.
Paris, 8th arrondissement, 2022. Elizabeth Amorim, em mais uma temporada parisiense, convida um grupo seleto para jantar em seu apartamento, como de costume. Anfitriã exímia e afeita a mesas ornadas com muito requinte, aquela seria mais uma agradável noite para colocar a prosa em dia.
Uma das convidadas, ministra do STF Carmem Lúcia diz para a amiga que gostaria de levar um artista plástico de fama, Antonio Veronese, paulista residente na cidade francesa. Dito sim, não poderia imaginar Elizabeth que outro SIM seria dito, desta vez diante do altar, e no ano seguinte.
Foi ao entardecer, hora do angelus, que outra anunciação se fez, quando Elizabeth dirigiu-se ao encontro de Antônio para selar a união civil sob as bênçãos de oitenta convidados, sendo sessenta familiares. Foi no jardim de sua casa. De modo breve, porém espontâneo, natural e suave.
Elizabeth vestia um clássico Lanvin adquirido em Paris, recentemente. Carinhosamente chamada pela sociedade brasiliense de Queen Elizabeth tamanha sua elegância e distinção, bem como seus dons decorativistas, ela usou um colar de rubis envoltos em brilhantes e carregou uma clutch em vez de buquê.
No altar, muito foi falado sobre as cinco manifestações do amor, a fórmula eficaz para o bem viver a dois. Palavras de afirmação, tempo de qualidade, presentes, atos de serviço e toque físico. E onde eles se viam e se dispunham a doar-se um pelo outro. Cúmplices, os olhares se entrelaçaram.
Ministra Maria Cristina Peduzzi, ex-presidente do TST, e João Portinari foram as testemunhas da união. No salão, Anderson Estima esperavam os recém-casados com mini orquestra e especial seleção musical. Valéria Leão usou a exuberância do vermelho em decor sofisticadamente minimalista. Fartas rosas em meio a candelabros de cristais. A mês posta trazia a delicadeza de Elizabeth. A recordação da noite, uma concha perolizada com um bilhetinho dentro impresso Amar é…
Detalhista, Elizabeth trouxe de Paris seus chocolates preferidos para compor a mesa de doces assinados por Cecília Falcão e Sonho Meu. O bolo em formato de coração de Tatiana Barros. O banquete sob a maestria de Sweet Cake e coordenação geral de Cristina Gomes.
O casal circulou alegremente. Foram inúmeras as palavras carinhosas, os mais afetuosos votos. Antônio é um homem de gestos moderados, fala precisa, olhar profundo e sorriso farto. Transita com fluidez e disse em tom apaixonado: “Desde que nos conhecemos, não ficamos um só mês separados. É impossível ficar longe dela”.
Antônio, ítalo-brasileiro, reside em Paris desde 2004. Na Europa tornou-se um artista de sucesso, especialmente por ser sensível a causas ligadas aos Direitos Humanos. Tem obras em museus expressivos, forte relacionamento com a ONU e integra a lista dos melhores pintores vivos na França. Sua arte se expressa em rostos e nus.
Por isso, de agora em diante, o casal deverá dedicar mais tempo a Paris, alternando com Brasília. Quando cá estiverem, desejam expandir a obra de Veronese, que já tem exposição marcada para este ano na capital. Sendo declarados marido e mulher, que sejam válidas as últimas palavras no altar: “O amor importa quando a gente dá tudo pelo outro”.
Confira os highlights pelas lentes de Celso Junior e equipe: