O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,4% no segundo trimestre de 2025 em comparação com o trimestre anterior, alcançando o maior nível da série histórica iniciada em 1996. Na comparação anual, o avanço foi de 2,2%, com crescimento acumulado de 2,5% no semestre e 3,2% nos últimos quatro trimestres. O valor total do PIB chegou a R$ 3,2 trilhões, segundo dados divulgados pelo IBGE. Esse é o 16º trimestre consecutivo de crescimento da economia, com destaque para os setores de serviços e consumo das famílias, que atingiram recordes históricos.
A expansão econômica no segundo trimestre foi impulsionada, do lado da oferta, principalmente pelos serviços (+0,6%) e pela indústria (+0,5%), que compensaram a leve queda da agropecuária (-0,1%). No consumo, as famílias aumentaram seus gastos em 0,5%, enquanto os investimentos caíram 2,2%, e o consumo do governo recuou 0,6%. A agropecuária teve forte desempenho na comparação anual, com alta de 10,1%, puxada pelo aumento de produtividade de culturas específicas.
Desaceleração
Apesar do crescimento positivo, houve desaceleração em relação ao primeiro trimestre, quando o PIB havia avançado 1,3%. Essa perda de ritmo é atribuída à política monetária restritiva adotada pelo Banco Central desde setembro de 2024, com elevação da taxa Selic de 10,5% para 15% ao ano.
O aumento dos juros encarece o crédito e desestimula investimentos, afetando principalmente setores como a construção civil e a indústria de transformação. Já o setor de serviços, menos sensível à elevação dos juros, continuou em expansão, com destaque para atividades financeiras, comunicação e transporte.
Para o fechamento de 2025, o mercado financeiro projeta um crescimento do PIB de 2,19%, enquanto o Ministério da Fazenda estima uma alta de 2,5%. Em 2024, a economia brasileira cresceu 3,4%, marcando o quarto ano consecutivo de expansão.