A oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso Nacional reagiu com indignação à denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros 33 nomes.
O documento foi formalizado na noite desta terça-feira (18) e será analisado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O líder da oposição no Senado e ex-ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho (PL-RN), afirmou que a formalização da denúncia já era esperada.
“A própria imprensa, por meio de vazamentos seletivos, já anunciava, inclusive, a pena que seria pedida. Certos de sua inocência, esperamos com serenidade que a justiça seja feita e que, finalmente, sejam observados os princípios do juízo natural, do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal”, declarou Marinho em nota.
Já o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), classificou a denúncia como uma ação política.
“Isso não é justiça, é GUERRA POLÍTICA! Querem prender o maior líder da direita e calar milhões de brasileiros. Se acham que vamos aceitar de cabeça baixa, estão muito enganados! O Brasil NÃO é Cuba!”, afirmou.
A deputada Carol De Toni (PL-SC), líder da Minoria na Câmara, também manifestou sua insatisfação com a denúncia, alegando que Bolsonaro estaria sendo alvo de perseguição política.
“A perseguição política no Brasil tem patronos – e todos sabem quem são. Hoje, o maior líder deste país torna-se formalmente vítima da ditadura. Um processo cujos fundamentos são claramente políticos demonstra que o Estado Democrático de Direito não passa de letra morta”, disse De Toni em declaração à imprensa.
Com a denúncia em mãos, o ministro Alexandre de Moraes analisará o documento antes de submetê-lo à Primeira Turma do STF, composta por cinco ministros.
Caso a acusação seja aceita, Bolsonaro e os demais denunciados passarão à condição de réus, e a fase seguinte do processo incluirá depoimentos, coleta de provas e outras diligências judiciais.