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PGR denuncia empresário por financiar atos golpistas

O indivíduo é acusado de ter fretado quatro ônibus para transportar bolsonaristas até Brasília
Fachada do STF
No plenário virtual, a votação ocorre online, sem sessão presencial. Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF

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Na quinta-feira (14), a Procuradoria-Geral da República (PGR) formalizou denúncia contra o primeiro suspeito de financiar os atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro.

Residente em Londrina, no Paraná, o indivíduo é acusado de ter fretado quatro ônibus por R$ 59,2 mil para transportar bolsonaristas até Brasília. Segundo a PGR, ele também teria colaborado na organização da viagem e na mobilização de manifestantes e doações, com sua identidade preservada.

A denúncia imputa ao acusado cinco crimes:

-Associação criminosa armada;

-Abolição violenta do Estado Democrático de Direito;

-Golpe de Estado;

-Dano qualificado pela violência e grave ameaça, com uso de substância inflamável, contra o patrimônio da União e prejuízo considerável para a vítima;

-Deterioração de patrimônio tombado.

Em caso de condenação, ele pode enfrentar uma pena de até 30 anos de reclusão.

O documento acusatório, encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), é assinado pelo subprocurador Carlos Frederico dos Santos, responsável pela coordenação das investigações dos atos golpistas.

O acusado teria participado ativamente de discussões golpistas em aplicativos de mensagens, mantendo, conforme a denúncia, uma lista de transmissão para disseminar publicações antidemocráticas.

“A intenção era incitar a população e as Forças Armadas a não apenas contestar o resultado das eleições de 2022, mas também destituir o presidente eleito”, afirma a PGR.

Uma das mensagens recuperadas pelos investigadores revela que os ônibus partiriam de Londrina em 6 de janeiro para a “tomada” do Congresso Nacional.

Um dos passageiros notáveis foi Orlando Ribeiro Júnior, preso em flagrante no Palácio do Planalto e condenado a três anos de prisão. Outro extremista, detido nas proximidades do Quartel General do Exército, em Brasília, também integrou o grupo.

Até o momento, a PGR já denunciou 1.413 pessoas, distribuídas entre 1.156 instigadores, 248 executores, oito agentes públicos e o financiador.