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PGR denuncia deputados do PL por comercialização de emendas parlamentares

MPF indica esquema de corrupção envolvendo Josimar Maranhãozinho, Pastor Gil e Bosco Costa

 

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou ao Supremo Tribunal Federal (STF) três deputados federais do PL, acusados de comercializar indevidamente emendas parlamentares destinadas a municípios.

Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Pastor Gil (PL-MA) e Bosco Costa (PL-SE) foram identificados como líderes de um esquema que envolvia a negociação de verbas públicas para suas bases eleitorais. O caso segue em sigilo, mas já gerou reações de diferentes setores.

De acordo com a PGR, os parlamentares estavam à frente de uma organização criminosa que operava com recursos federais destinados por meio de emendas.

Em agosto do ano passado, o trio foi denunciado por corrupção passiva e participação em organização criminosa, crimes que estão sendo investigados pelo STF.

A investigação, conduzida pela Polícia Federal, revelou uma série de evidências contra os deputados. A PGR destacou que anotações, mensagens e áudios encontrados nas investigações apontam para uma articulação financeira entre os parlamentares.

Josimar Maranhãozinho, segundo a procuradoria, exercia forte ingerência sobre as emendas dos colegas de partido.

Em uma das conversas interceptadas, o deputado demonstrou preocupação com um depósito realizado em nome de Pastor Gil, temendo que as transações financeiras não estivessem sendo feitas de maneira discreta.

A PGR também revelou que o grupo pressionou o então prefeito de São José do Ribamar (MA) a participar do esquema, uma tentativa que não se concretizou.

Esquema financeiro

Segundo a denúncia, o esquema visava liberar, ao menos, R$ 7 milhões em emendas parlamentares, com destaque para a destinação de verbas para a área da saúde.

A PGR mencionou, ainda, que os operadores do grupo utilizaram uma série de estratégias para controlar os recursos, com destaque para anotações encontradas no escritório de Josimar Maranhãozinho, que detalhavam os pagamentos das emendas a diversos municípios.

Os deputados acusados negam qualquer envolvimento no esquema e apresentaram uma defesa formal ao STF, alegando falta de provas contundentes que comprovem as acusações.

Eles argumentam que não há evidências que detalhem as condutas criminosas e pediram a rejeição das denúncias por entenderem que os elementos apresentados são insuficientes.

O relator do caso, ministro Cristiano Zanin, determinou que a acusação seja levada a julgamento na Primeira Turma do STF, embora ainda não tenha sido definida uma data para a sessão.

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