O final de semana foi repleto de desfiles de marcas renomadas na Paris Fashion Week. No sábado (28), o destaque do dia foi a passarela de Alexander McQueen, assinada por Seán McGirr. No domingo (29), ocorreu o desfile mais aguardado da PFW, talvez de toda a temporada de primavera-verão 2025 ready-to-wear: Valentino. Quem encerrou o sétimo dia de desfiles foi Isabel Marant.
A seguir, confira os destaques do fim de semana de PFW!
A primeira coleção de primavera-verão da Alexander McQueen assinada por Seán McGirr atraiu todos os olhares na noite de sábado. Com alfaiataria precisa e subversiva, McGirr revisitou a tradição dos ternos britânicos, destacando silhuetas marcantes e a assinatura icônica do T-Bar, enquanto a leveza dos tecidos contrasta com a rigidez das formas.
Chiffon de seda translúcido, creponne e gabardine de lã se fundem em composições sofisticadas e fluidas, criando um equilíbrio harmonioso entre estrutura e delicadeza. A alfaiataria apresenta cortes torcidos e ombros erguidos, evocando uma postura contemporânea e urbana, enquanto rendas intricadas e bordados metálicos tridimensionais adicionam um toque de arte e inovação às peças.
A paleta explora tons suaves como marfim e cinza, pontuados por vibrantes amarelo e laranja. Tecidos luxuosos e couro desgastado trazem uma nova leitura para a alfaiataria clássica, unindo elementos tradicionais e modernos.
Um dos desfiles mais aguardados desta temporada, e da PFW, foi o da Valentino, sob direção criativa de Alessandro Michele. Para quem estava acostumado com os designs de Pierpaolo Piccioli por uma década, as peças desenhadas pelo novo diretor criativo vieram como um balde de água gelada. Foram 85 looks com a pura essência de Alessandro Michele: maximalismo, camadas e mais camadas, mistura de estampas, texturas, cores, turbantes, estolas, piercings enfeitados com strass e meias de renda coloridas.
A coleção de primavera-verão 2025 ready-to-wear, chamada “Pavillon des Folies” (vindo das loucuras arquitetônicas nos jardins dos séculos 18 e 19), tem influência das décadas de 1970 e 1980, como as estéticas como classicismo burguês e hippie chic, além das tradicionais características da Valentino, como os babados, a logo em forma de V e o poá. Laços, bordados e plumas também apareceram nas peças.
O tradicional tom de vermelho da Valentino compôs a coleção, assim como os florais característicos da marca. Um vestido branco baby-doll fez referência às peças de alta-costura apresentadas por Valentino Garavani em 1968. Além disso, vimos renda, pele fake, golas e tule na passarela.
A coleção de primavera-verão 2025 ready-to-wear de Isabel Marant, apresentada na noite de domingo da PFW, é uma celebração ao trabalho artesanal e à inspiração tropical, com fortes referências à Amazônia. Franjas que lembram plumas, vestidos que parecem ser feitos de asas de borboletas, bordados intricados, padrões variados e patchworks de couro fosco e brilhante, esferas metálicas em cintos e vestidos de malha aberta, remetendo às fontes dos jardins do Palais Royal, cruzaram a passarela.
A paleta de cores da coleção inclui tons de rosa, laranja, bege e azul contrastam com uma série de looks minimalistas em preto. As modelos desfilam em botas de camurça folgadas ou sandálias gladiadoras com tachas brilhantes, marcando a preferência por calçados baixos nesta temporada.
Vestidos drapeados de chiffon leve, que flutuam a cada passo, acrescentam uma dimensão épica à coleção. Com fendas que chegam à cintura e amarrações trançadas, os cordões também ajustam vestidos de jersey e tops. Maxi chokers metálicos, que evocam a mistura entre joias e armaduras, surgem como símbolos de força, feminilidade e conquista, dando um ar de poder e sensualidade às peças.