Além do reforço no policiamento ostensivo, a Polícia Federal (PF) pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorização para que agentes policiais permaneçam no interior da residência do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo a corporação, a medida visa garantir o cumprimento da prisão domiciliar e evitar uma eventual fuga.
Mais cedo, Moraes determinou que a segurança ao redor da casa do ex-mandatário do País, localizada em condomínio de luxo do Jardim Botânico (foto em destaque), em Brasília (DF), fosse reforçada com o acompanhamento pela Polícia Penal do Distrito Federal em tempo integral. O ministro afirma que caberá à força de segurança do DF decidir sobre a utilização ou não de fardas e armamentos.
A ampliação das medidas de segurança no entorno do imóvel de Bolsonaro atende a um pedido da Polícia Federal e concorda com a manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) — ambos identificaram haver risco de fuga do ex-presidente.
O pedido foi apresentado pela PF em ofício assinado pelo diretor-geral Andrei Rodrigues, após solicitação do deputado Lindbergh Farias (PT-RJ). No documento, a corporação defende vigilância ostensiva e discreta no entorno da residência de Bolsonaro, além de checagens regulares no sistema de monitoramento eletrônico.
A PF fala em indícios de que o ex-presidente poderia tentar escapar para a Embaixada dos Estados Unidos, a poucos minutos de sua casa, para solicitar asilo político — cenário que poderia inviabilizar o cumprimento das medidas judiciais.
Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto, com uso de tornozeleira eletrônica. O ex-presidente só pode receber familiares e advogados sem prévia autorização judicial. A decisão de Moraes foi tomada no processo que apura a suposta tentativa de golpe após as eleições de 2022.