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Pets exóticos em Brasília: como adquirir e quais cuidados tomar

Os dados mais recentes da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan) apontam que 41,9% das casas de Brasília possuem cachorros e 11,1% têm gatos. Além disso, a Subsecretaria de Proteção Animal lançou, em 2023, a Pesquisa Populacional de Cães e Gatos, com a intenção de calcular de forma mais aprofundada o número de pets da Capital.

Contudo, os animais de estimação, por mais que em minoria, vão além dos cães e dos gatos. Algumas pessoas, seja por curiosidade ou por preferências específicas, escolhem cuidar de bichinhos considerados exóticos.

O médico veterinário especializado em animais silvestres, Matheus Rabello Krüger, explica que há uma diferença entre os dois termos. “Um animal exótico é aquele que não faz parte da fauna brasileira, ou seja, um coelho já pode ser considerado exótico”, comentou.

Matheus Rabello Krüger - médico veterinário e proprietário da Exotic Life - reprodução instagram- pets exóticos

Matheus Rabello Krüger, médico veterinário e proprietário da Exotic Life | Foto: reprodução/Instagram

Dessa forma, adquirir um pet exótico acaba por se tornar uma missão que depende da espécie, e não há uma regra única para a compra desses animais. “A compra de animais como coelhos, porquinhos da Índia e calopsitas não requer documentação específica e pode ser feita em agropecuárias. No entanto, para animais silvestres ou determinadas espécies exóticas, como ringneck, papagaio do Congo e eclectus, é necessário documentação”, contou Matheus ao GPS|Brasília.

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Foto: reprodução/Instagram

Em relação às espécies permitidas, a definição vem do Ibama, em uma lista que não é atualizada há mais de 10 anos. Dentre elas, cada uma exige cuidados específicos, como terrários, aquários, espaço externo, e variações de temperatura e umidade.

Quanto aos locais de compra, o especialista comenta que a idoneidade do criadouro é essencial. “É fundamental adquirir animais de locais regulamentados e éticos, que ofereçam cuidados adequados e tenham um responsável técnico, como um médico veterinário”, disse.

Também é importante o cuidado especializado do tutor do pet, que é o responsável por todas as necessidades de ambiente, alimentação e cuidados veterinários para o animal. Garantindo qualidade de vida e bem-estar.

Mesmo entre os pets exóticos, alguns são mais comuns do que outros, como as aves calopsitas e agapornis, além dos mamíferos: coelhos, porquinhos da Índia e chinchilas. Matheus relata os mais atípicos que já tratou na Exotic Life, clínica especializada do médico veterinário em Brasília. “Tivemos casos mais raros, como axolotes, serpentes e até mesmo um avestruz e uma alpaca”, finalizou.

Outro Matheus que está por dentro do mundo dos pets exóticos é o empresário tutor da Takap, uma jiboia amazônica. Ele possui a cobra desde 2014 e escolheu o animal silvestre, pois sempre gostou dos não convencionais. “Sinto que tenho um pouco de natureza perto de mim”, explicou.

Pets exóticos em Brasília como adquirir e quais cuidados tomar

Matheus Antonialli e Takap | Foto: arquivo pessoal

Matheus Antonialli confirma a importância de comprar os animais de criadores regularizados, como ele mesmo fez, e explica que, apesar do pet ser exótico, os cuidados são básicos. “Sempre deixo água fresca em uma banheira que caiba todo o corpo da Takap, ela se alimenta uma vez a cada um ou dois meses e mantenho o terrário limpo”, comentou

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