Redação GPS Os contratos futuros de petróleo registraram baixa nesta quinta-feira (23), impactados por declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos.
Trump defendeu a redução dos preços do barril como estratégia para conter a inflação e acelerar o fim da guerra entre Rússia e Ucrânia.
“Se os preços do petróleo caírem, a guerra da Rússia contra Ucrânia acabará rapidamente”, afirmou Trump, que também declarou que irá “pedir à Arábia Saudita e à Opep para reduzirem o custo do petróleo”.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI com entrega em março recuou 1,09%, cotado a US$ 74,62 o barril. Já o Brent para abril, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), teve queda de 0,76%, fechando a US$ 77,56.
Além das declarações de Trump, a redução dos estoques de petróleo nos EUA contribuiu para a pressão sobre os preços. Segundo o Departamento de Energia (DoE), os estoques semanais recuaram 1,017 milhão de barris, totalizando 411,663 milhões de barris. A queda foi mais acentuada do que a prevista por analistas, que esperavam uma redução de 500 mil barris.
Especialistas da Capital Economics destacam que a estratégia de Trump enfrenta desafios, especialmente quanto à produção norte-americana e à relação com a Arábia Saudita.
“Preços mais baixos do petróleo não incentivam a produção nos EUA, particularmente em áreas de alto custo, como o Alasca. Além disso, não é garantido que a Arábia Saudita atenderia a um pedido para expandir a produção, considerando o distanciamento recente dos EUA”, avalia a consultoria.
Entretanto, a consultoria ressalta que o convite de Trump pode oferecer uma justificativa para que a Arábia Saudita aumente sua produção e recupere participação de mercado.
