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Peso da mochila tem de ser menor que 10% do peso do estudante

OMS orienta que crianças e jovens dos 6 aos 18 anos devem evitar eventuais riscos associados à postura inadequada
O material escolar na mochila não pode superar os 10% do peso corporal do estudante
O material escolar na mochila não pode superar os 10% do peso corporal do estudante. Foto: Pedro França/Agência Senado

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Em meio à expectativa e aos preparativos para o retorno às aulas da rede pública, marcado para 19 de fevereiro, pais e responsáveis devem estar atentos aos cuidados com o peso excessivo das mochilas que os estudantes carregam diariamente.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) orienta que crianças e jovens em idade escolar (dos 6 aos 18 anos) devem limitar o peso das mochilas a menos de 10% do peso corporal, a fim de evitar eventuais riscos associados à postura inadequada. Isso porque, segundo a entidade, a manutenção de uma postura inadequada no transporte de materiais escolares pode acarretar consequências sérias para a saúde a longo prazo, impactando o desenvolvimento físico e causando desconforto no dia a dia dos estudantes.

A fisioterapeuta Polyane Magalhães, da Policlínica do Hospital Regional do Gama (HRG), explica os riscos da má postura. “Os primeiros indicativos que temos dessa sobrecarga são as alterações posturais, como inclinações do tronco para frente, tensões nos ombros e na coluna cervical”, detalha. “E se a criança começar a se queixar de dor na coluna, o ideal é procurar um especialista”, completa.

A servidora orienta aos pais que optem, no ato da compra do material escolar, pelas mochilas de duas alças. “Essas propiciam a distribuição correta do peso, diferentemente daquelas que contam com apenas uma alça transversal. Essas não são boas para a postura”, diz.

Também é preciso estar atento à postura em sala de aula. O ideal é que a criança ou adolescente sente com a coluna lombar apoiada no encosto da cadeira e com o joelho reto. Outro cuidado é evitar ficar sentado por longos períodos. “Aproveite os intervalos das aulas para se levantar, caminhar um pouco, esticar as pernas”, sugere a fisioterapeuta.

As mesmas orientações valem para o uso de computadores e celulares em casa durante os estudos, onde é recomendado evitar sentar-se em flexão mantida, ou seja, curvada. “É importante frisar a importância da atividade física como aliada nesses casos, uma vez que o sedentarismo contribui para agravar os sintomas de dores e prejuízos funcionais”, completa.

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