Carolina Cardoso Na indústria da moda, poucos nomes são tão reverenciados quanto a Fendi, marca de luxo italiana criada em 1929. São anos de criações e ícones que perpassam o tempo apesar das novas tendências. Uma dessas criações mais relevantes e que há 14 anos conquista o coração do público é a Peekaboo, a bolsa que continua a brilhar como um farol de elegância e inovação. A história desta bolsa é uma jornada de redefinição da moda e luxo, e seu mais recente capítulo é uma verdadeira celebração de sua versatilidade e significado duradouro.
Tudo começou em 2009, quando a grife lançou a coleção Primavera/Verão Feminino daquele ano, marcando o início da trajetória da Peekaboo. Com volumes ampliados, cinturas justas e linhas curvas, a coleção era uma manifestação de simplicidade e elegância contemporânea. Nas palavras de Silvia Venturini Fendi, diretora criativa da marca, “a simplicidade é a verdadeira excentricidade”. Este conceito de luxo sussurrado, com contrastes entre materiais ricos no interior e materiais essenciais no exterior, definiu o legado da Peekaboo desde então.
O nome Peekaboo (ou esconde-esconde, em tradução livre) faz alusão à brincadeira de criança, e isso se reflete nos compartimentos internos surpreendentes do produto, que se revelam quando seu fecho é aberto. Por trás do “sorriso” característico da Peekaboo, há detalhes inesperados e uma beleza oculta, tão luxuosa quanto o exterior.
A estrutura arquitetônica da Peekaboo, com seu formato de trapézio, combina minimalismo elegante com o contraste de texturas e cores preciosas, criando uma narrativa de um novo clássico: uma moda artesanal, sutil e privada, cuja verdadeira beleza reside no que não se vê.
Explorando a Versatilidade da Peekaboo
O livro Peekaboo-K é uma peça especial nesse quebra-cabeça criativo. Com uma capa axonométrica inspirada na icônica bolsa Rose Black Peekaboo ISeeU, a parte externa é um tributo à atemporalidade e sofisticação. No interior, encontramos um acervo fotográfico de 80 bolsas do arquivo histórico da Fendi, organizado em quatro capítulos.
Capítulos de Inspiração
No primeiro capítulo, Revisando texturas, a Peekaboo é reimaginada em mais de 1.000 acabamentos de materiais. Entre as contribuições notáveis, Sophie Fontanel, uma influente jornalista de moda, compartilha por que a Peekaboo é uma peça da história da moda.
No capítulo 2, Telas, a bolsa é transformada em uma obra-prima através de colaborações com arquitetos, designers e artistas. O arquiteto japonês Kengo Kuma, em sua contribuição, destaca a importância dos sentimentos do proprietário da bolsa.
No Capítulo 3, Instinto eclético, a peça se torna um verdadeiro mosaico de inspirações e materiais, que vão desde texturas experimentais até colaborações com artistas influentes como Chloe Bailey.
Finalmente, na quarta parte do livro, Fendi Grafia, a Peekaboo revela códigos, mensagens e símbolos incorporados, destacando seu status como um ícone da marca.
