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Peça ‘Ninguém Dirá Que é Tarde Demais’ chega a Brasília

A **celebrada** atriz **Arlete Salles** retorna aos palcos com a comédia _Ninguém Dirá Que é Tarde Demais_ para comemorar seus 65 anos de carreira. O texto original é de autoria de **Pedro Medina**, neto de Arlete, e com quem contracena no espetáculo. Além de Pedro, **Alexandre Barbalho** (filho da atriz) e o amigo **Edwin Luisi** também estão no elenco. A direção tem a assinatura de **Amir Haddad**, outro grande parceiro e amigo da atriz desde a peça _Felisberto e o Café_, com quem trabalhou 35 anos atrás.

Amir Haddad, destaca que o teatro tem a função de **iluminar** as pessoas. _“Gosto de fazer um teatro esclarecedor. E digo para todos: ninguém dirá que é tarde demais para coisa alguma. Sempre é o momento de colocar em prática o desejo”_, elucida, do alto de seus 84 anos, ele que é um dos diretores mais **premiados** e mais presentes na cena brasileira.

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O texto de Pedro Medina conta a história de Luiza (Arlete Salles) e de Felipe (Edwin Luisi). Em razão da pandemia de Covid-19, Luiza recebe o neto Márcio (Pedro Medina), em sua casa. Paralelo a isso, Felipe, por **problemas financeiros**, vai morar com o filho Mauro (Alexandre Barbalho). Luiza e Felipe são **vizinhos** de prédios, com paredes grudadas, e estão muito sensíveis às questões financeiras, aos problemas **domésticos** advindos do **isolamento** social. Eles começam a implicar um com o outro sem saber a identidade de cada um. Até que um dia os dois se encontram, na rua, sem saber que são vizinhos.

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Com muita leveza, humor e dando a dimensão da **solidão** desses dois septuagenários, a comédia ratifica _Ninguém Dirá Que é Tarde Demais_. _“Ainda não elaboramos todas as perdas que a pandemia provocou, mas entender o que já passou e o que ainda estamos vivendo, através da perspectiva do humor, da tolerância e do amor é a proposta da minha comédia”_, detalha Pedro Medina, que se inspirou na canção o _Último Romance_, da banda **Los Hermanos** para o título de sua comédia.

E sobre o fato de trabalhar com sua avó, Medina esclarece que ela _“é uma colega de cena fantástica. Uma atriz que admiro muito. Tem sido muito bom estar com ela. E meu pai é aquela segurança. Sempre troquei com ele minhas questões relacionadas ao texto. Sou muito grato aos produtores pelo convite e estou muito feliz de poder mostrar meu trabalho como dramaturgo_”.

**Entrevista**

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Aproveitando a vinda de _Ninguém Dirá Que é Tarde Demais_ para a cidade, o **GPS** fez sete **perguntas** para essa incrível atriz que é Arlete Salles. Confira o resultado desse bate-papo abaixo:

**GPS – Quero começar sabendo de você que já veio diversas vezes a trabalho para a cidade: o que representa Brasília para você? Como vê a Capital do País? Tem vivências ou lembranças além das profissionais por aqui?**

Arlete – E_u sempre me senti muito bem em Brasília. Eu vou à cidade desde os seus primórdios, quando ainda nem tinha seus bons restaurantes, seus hotéis maravilhosos. Era uma cidade começando a sua história, a sua vida e eu já tinha um encantamento por ela. Eu sou feliz aí e acho que estou sendo até repetitiva, mas sempre a visito, seja por motivo profissional ou pessoal, seja qual for o plano ou projeto que eu tiver para Brasília, sempre consigo realizar com tranquilidade e isso me deixa feliz. E já fazem quatro anos que eu não vou por aí, mas agora estou voltando, com muita expectativa, estou contente em voltar, principalmente, neste momento_.

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**GPS – Você faz parte da história da televisão brasileira. Como essa afirmação chega para você? Que tipo de emoção te provoca olhar para trás e ver que isso é de fato real?**

Arlete – _Quando falam que eu faço parte da história da televisão brasileira, eu começo a me pensar nessa história e acho essa minha participação tão modesta, mas alegra o meu coração quando me dizem isso. Eu trabalhei muito na TV, ainda trabalho e gosto muito da dramaturgia televisionada, e tem uma coisa que é compatível com meu temperamento, tem uma urgência, um imediatismo. Eu sou geminiana, então, comigo é tudo muito rapidinho, é para ontem e a televisão tem isso na sua feitura, essa proximidade comigo_.

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**GPS – Nesta produção você está, literalmente, trabalhando em família. No teatro é diferente ou igual ao mundo dos negócios onde as empresas familiares encontram certas dificuldades de funcionar 100% profissionalmente justamente porque todo mundo “é de casa”?**

Arlete – _É verdade, dizem trabalhar em família dá problema, mas neste caso não, foi um sonho acalentado, acariciado há muito tempo, finalmente, estamos conseguindo realiza-lo e estamos felizes. E não teve ainda nenhum arranhão na relação familiar. Estamos bem, eu olho para o palco e vejo lá meu filho, depois, meu neto entra e a gente começa a contracenar, eu acho isso tão bacana, pois: quando é que eu pude imaginar no início da minha história que um dia eu estaria contracenando com meu neto. Está dando certo até agora_.

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**GPS – Dizem que rir é o melhor remédio para tudo na vida. Mas nesta comédia, a pandemia serve de argumento central. Em algum momento sentiram algum tipo de tabu, resistência ou crítica por estarem propondo rir de uma dor tão recente?**

Arlete – _Não, em nenhum momento sentimos qualquer tipo de rejeição ou tabu, afinal, estamos tratando do assunto com muita delicadeza, com muito carinho. Esse é um texto terno, bonito, que diverte e emociona também. O Pedro foi extremamente feliz na narrativa desse texto. Então, em nenhum momento sentimos isso, ao contrário, o público sai muito emocionado, depois de rirem bastante_.

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**GPS – Inúmeros papéis maravilhosos na sua carreira, mas Copélia (de Toma Lá Dá Cá) é um dos destaques entre eles. O que tem de você nela e o que ela deu para você?**

Arlete – _A Copélia não seria de início o personagem do meu coração, mas de repente, ela não se afasta de mim, da minha vida, do público. Ainda mais porque ela está sendo exibida de novo, no canal Viva que está reprisando o Toma Lá Dá Cá. E ela não tem nada de mim não, mas eu gostaria de ter um pouquinho da liberdade dela, até no plano sexual, eu gostaria de ter tido. Mas ela trouxe para a minha vida mais admiradores, mais afeto das pessoas. É um personagem interessante que marcou a minha carreira com muita alegria. Eu digo que ela cumpriu o papel dela que foi de divertir as pessoas, e fazendo rir, falou de coisa séria que é o preconceito e a intolerância que existe com a sexualidade dos chamados idosos. Aliás, devo deixar aqui um registro, aqui: Odeio! Eu e Nelson Mota, essa coisa de idoso. Gente, tem bebê, criança, adolescente, jovem e tem Senhora! Não é idosa, é SENHORA! (termina com gargalhadas)_.

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**GPS – Fora do trabalho, quem é Arlete Salles, o que ela gosta de fazer e mais, o que os fãs não fazem a menor ideia sobre a pessoa, a cidadã?**

Arlete – _Que perguntinha difícil… sei lá, vou começar a falar o quê de mim, dos meus problemas, eu não vou; dos meus defeitos, também não; das minhas qualidades, vai ficar chato (mais risadas). Eu sou uma pessoa normal, amo a vida, meus animais, minha família, a minha carreira é um ponto de paixão, de importância enorme na minha vida, foi um grande presente que Deus colocou na minha existência esse ofício que me levou para belos lugares._

**GPS – ‘Ninguém Dirá Que é Tarde Demais’… 80 anos de idade, 65 de carreira. O que não é tarde demais para uma mulher fazer nesta profissão onde, em muitos casos, a beleza e a jovialidade estão acima do talento?**

Arlete – _A beleza e a jovialidade são importantes e são coisas que gostamos de ver nas pessoas, mas a experiência, o talento e a vocação são importantes, esses permanecem com a gente, independente da idade. E depois, dizem que ator não tem idade tem encanto._

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**Serviço**

**Ninguém dirá que é tarde demais**
– Onde: Teatro Royal Tulip, SHTN Trecho 1 – Brasília
– Quando: 3, 4 e 5 de março, sexta, às 20h30, sábado, às 20h, e domingo, às 19h.
– Quanto: de R$ 25 até 100,00, à venda no www.sympla.com.br ou na Belini (113 Sul) – No dia das apresentações a bilheteria funciona a partir das 14h até o início do espetáculo
– Comédia, 100 minutos
– Classificação: não recomendada para menores de 14 anos

Redação GPS

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