Em carta, policiais civis pedem que Ibaneis trate com Lula sobre paridade salarial com a PF

Documento foi enviado ao Buriti no mesmo dia em que a categoria promove assembleia geral

O Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF) enviou nesta quarta-feira (3) uma carta aberta ao governador Ibaneis Rocha (MDB) pedindo apoio do chefe do Executivo na articulação pela paridade salarial entre as carreiras da Polícia Civil do DF (PCDF) com a Polícia Federal (PF). O documento foi enviado no mesmo dia em que a categoria convocou uma assembleia geral para discutir os próximos passos em relação à proposta apresentada pelo governo federal. 

Na carta aberta ao governador, a entidade manifesta a “profunda apreensão dos servidores da Polícia Civil” e solicita o empenho e a força política do governador para a concretização do “compromisso com a isonomia salarial com as polícias de investigação da União, como a Polícia Federal e os policiais civis dos ex-territórios”.

O documento lembra que, em fevereiro de 2025, a categoria recebeu com esperança o encaminhamento, pelo próprio Governo do DF, da mensagem que propunha o reajuste salarial e o restabelecimento da paridade, gesto que foi entendido, conforme a entidade, como reconhecimento da eficiência da PCDF. No entanto, o governo federal apresentou uma contraproposta de apenas 18% — percentual foi considerado insuficiente para recompor as perdas acumuladas ao longo dos anos.

Segundo o Sinpol-DF, os estudos elaborados pelo GDF já comprovaram a viabilidade orçamentária da proposta original, sem impacto negativo para o erário federal. A categoria cobra, agora, que o Palácio do Buriti dialogue diretamente com o Planalto e com o Congresso Nacional em busca da aprovação do reajuste nos moldes iniciais.

“Não adianta mais enviar recados. É preciso que o governador Ibaneis dialogue diretamente com o presidente Lula sobre a concessão do nosso pleito. Só uma agenda de alto nível, frente a frente, pode mudar o cenário atual”, defendeu o presidente da entidade, Enoque Venancio de Freitas. 

O sindicalista afirma que a PCDF “não pede privilégios, mas o justo reconhecimento de uma carreira de alta complexibilidade”. “A isonomia é uma questão de justiça e também de motivação e retenção de excelentes profissionais“, enfatiza. “Não é uma proposta que podemos recusar. Não se recusa reajuste salarial. Mas, diante do conhecimento sobre a viabilidade orçamentária do Fundo Constitucional, sabemos que a proposta oferecida pelo governo federal pode ser revista para acolher o plano inicial, que é o retorno da isonomia salarial”, acrescentou.

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Edição 42

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