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Paulo Octávio encerra o Fórum Mundial Niemeyer

O ex-senador e ex-governador Paulo Octávio foi o último palestrante da 3ª edição do Fórum Mundial Niemeyer, realizado no Instituto Serzedello Corrêa. Organizado pelo arquiteto Paulo Niemeyer, bisneto de Oscar Niemeyer, o evento discutiu o futuro das cidades e do mundo entre os dias 29 de abril e 3 de maio.

Em sua palestra Paulo Octávio fez questão de lembrar o papel pioneiro da Brasília de Oscar Niemeyer, que ele classificou como a primeira cidade inteligente construída no Brasil. Defendeu a preservação da capital do País e destacou que Niemeyer é uma referência mundial da arquitetura.

“Pessoalmente, me sinto duplamente honrado. Primeiro, por ser vice-presidente do Memorial JK, uma das obras históricas de Niemeyer em Brasília. E, como empresário, por ter reconstruído o primeiro projeto de Oscar Niemeyer na capital, o Brasília Palace”, destacou, lembrando ainda que os arquitetos que vieram para o Fórum fizeram questão de se hospedar no hotel, uma referência na Capital.

Outra palestrante do dia, a professora-doutora Raquel Blumesnchein, falou de sustentabilidade, inovação, cidades inteligentes e resilientes. Para ela, o futuro é incerto e traz grandes desafios, como a intensificação por demandas de alimentos, além de eventos climáticos, epidemias, ataques terroristas, expansão da indústria de turismo, mudança nos padrões de produção, envelhecimento da população, emergência das megacidades, demanda por infraestrutura adequada e desemprego em massa.

Ela também avalia que os impactos humanos no meio ambiente não estão controlados no passo necessário e a velocidade de mudança tecnológica e seus impactos são enormes em processos, sistemas e indivíduos. Portanto, as cidades tornam-se ponto focal nesse contexto e precisam estar preparadas para esses desafios. “A transformação de paradigmas é um requisito para que a resiliência urbana possa ser assegurada. Paradigma esse entendido como um padrão de conhecimento, informações, dados, experiências, acumulados e transmitidos ao longo de um período. E a resiliência deve ser conceituada como a capacidade de responder, adaptar e sobreviver a disrupção de processos e a impactos negativos inesperados”, avaliou.

Segundo ela, para que os paradigmas possam ser mudados na velocidade necessária, assegurando a resiliência de cidades, é preciso governança, mas como uma rede de articulação e cooperação entre agentes que atuam no desenvolvimento de interesses mútuos. “A articulação e a cooperação requerem instrumentos jurídicos, técnicos e sociais que apoiem a estrutura de interação da rede. E é a combinação de boa governança, cidadãos empoderados e recursos apropriados que criam a capacidade e habilidade de adaptação de sistemas urbanos, fortalecendo a resiliência”, concluiu.

Já Guilherme do Prado Lima, da assessoria do Secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, enfatizou aspectos da 30ª Conferência das Partes (COP30) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), a ser realizada no Brasil em 2025, sendo a primeira vez que uma conferência de clima da ONU é sediada no País.

“O Brasil terá a oportunidade de compartilhar suas experiências no combate à mudança do clima. Neste sentido, é relevante políticas para cidades, tanto para adaptar o meio urbano a eventos climáticos extremos como para reduzir as emissões de gases de efeito estufa em setores como construção civil e transportes”, definiu.

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