O Governo do Distrito Federal (GDF) segue investindo em alternativas para reduzir os índices de transmissão de doenças causadas pelo Aedes aegypti na capital. A ação mais recente ocorreu na última semana, com a instalação, no Parque da Cidade, de 20 caixas de armadilhas que ajudam a combater o mosquito vetor da dengue, zika e chikungunya.
Os aparatos, instalados em pontos estratégicos, foram doados à Secretaria de Esportes e Lazer (SEL-DF) e repassados para a Administração do Parque da Cidade. As armadilhas, intituladas “aedes do bem”, são produzidas pelo grupo Brasil Saúde Ambiental, representante da empresa Oxitec. Trata-se de uma solução biológica completamente segura e altamente eficaz que não trará prejuízo aos cidadãos.
Cada unidade conta com seis mil ovos de machos do mosquito geneticamente modificados com um gene autolimitante, que impede a proliferação de fêmeas do Aedes aegypti. “São as fêmeas que picam as pessoas e transmitem a doença. Além disso, os machos não são atraídos pelo sangue humano, como as fêmeas, mas pela seiva de plantas”, explica Gabriel de Matos Franco, gestor do projeto.
O objetivo é substituir a população de mosquitos fêmeas transmissoras da doença pelos vetores geneticamente modificados. “A caixa permite que o macho se desenvolva e busque a fêmea para acasalar. Ocorre, porém, que desta linhagem só surgirão outros machos portadores do mesmo gene autolimitante, reduzindo drasticamente a população”, continua.
A ideia é que a iniciativa fique no Parque da Cidade por, pelo menos, cinco meses, havendo uma coleta a cada dois meses para avaliar a eficácia da ação. As 20 caixas estão espalhadas pela Administração, no Castelinho, no lago e no parquinho Ana Lídia.