“Parecia o líder do PT no Supremo”, diz Flávio Bolsonaro sobre voto de Moraes

Senador critica voto por condenação do pai e de outros réus do núcleo crucial

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) se pronunciou nesta terça-feira (9) sobre o voto do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a favor da condenação do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL),  e de outros sete réus acusados de compor o chamado “núcleo crucial” da trama golpista. 

O parlamentar classificou o voto de Moraes ao de um “líder do PT” e afirmou que o ministro estaria relatando um “julgamento sem provas”. “Estava aguardando aqui o fim do primeiro ato da farsa que estava sendo feita pelo ministro Alexandre de Moraes. Dá uma tristeza no coração ver como uma pessoa pronuncia um voto político com tanta raiva, fala com tanto ódio”, disse.

“Parecia o líder do governo do PT no Supremo proferindo palavras sem embasamento jurídico, sem vinculação com absolutamente nenhuma prova, como quem está ali praticando uma vingança porque, na cabeça dele, parece que Jair Bolsonaro queria matá-lo. É uma das acusações”, acrescentou. 

Flávio defendeu “solicitar que seja aberta uma investigação e que seja suspenso esse julgamento”. O senador também chamou o Plano Punhal Verde Amarelo de “ficção de Moraes”. 

Voto de Moraes

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de integrantes do chamado “núcleo crucial” da trama golpista, acusados de tentar manter o ex-mandatário no poder após a derrota nas eleições de 2022.

Em seu voto, Moraes afirmou que o Brasil esteve próximo de um retrocesso autoritário devido à atuação de uma organização criminosa liderada por Bolsonaro e sustentada por militares e aliados políticos. O relator citou o papel de Braga Netto como elo entre os acampamentos em frente aos quartéis e a cúpula política, além de criticar a nota emitida pelo então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, que insinuava fraude nas urnas sem apresentar provas.

Moraes também destacou tentativas de manipulação eleitoral, como a ação do PL pedindo a anulação de votos em quase metade das urnas e a operação da PRF que dificultou o acesso de eleitores no Nordeste no segundo turno, baseada em informações de Anderson Torres.

O ministro apontou ainda a reunião de Bolsonaro com embaixadores estrangeiros, em 2022, como estratégia para desacreditar o sistema eleitoral brasileiro no cenário internacional. Para Moraes, essas ações integraram uma articulação coordenada que envolveu autoridades civis e militares, configurando uma tentativa de golpe de Estado.

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